O Departamento de Fiscalização da Coordenadoria Regional de Obras Públicas (CROP) interditou parte da Escola Estadual de Ensino Fundamental Otaviano Manoel de Oliveira Júnior, localizada no Centro de Guaíba.
De acordo com o Auto de Interdição, assinado pelo coordenador, arquiteto Dirk Marinho de Werk, e pela fiscal de Obras, arquiteta Bruna Trindade de Sousa, o piso de madeira de duas salas de aula estão em estado avançado de deterioração devido à infestação de cupins, o que já causou buracos no assoalho, além da possibilidade do madeiramento ceder a qualquer momento. O documento destaca o risco à segurança e à integridade física dos funcionários e usuários do prédio, situado na Avenida 7 de Setembro, 750.
As salas 1 e 2 do bloco um foram totalmente isoladas (foto) e a interdição somente será suspensa pela Fiscalização após a realização de obras e serviços para corrigir os problemas no piso.
O que diz a 12ª CRE
A Gazeta Centro-Sul questionou a coordenadora da 12ª CRE, Claudete de Oliveira, sobre esta interdição no início do ano letivo de 2024.
Segundo Claudete, o chefe do Setor Administrativo, professor Cesar Diniz, esteve nas escolas, nos meses de janeiro e fevereiro, ajudando as direções no Plano de Aplicação Financeira dos recursos do Agiliza, que o Governo do Estado enviou a todas as escolas para serem aplicados na manutenção com pequenos reparos, que geralmente são feitos nas férias.
As obras iniciaram nas instituições que já tinham indicativos de problemas nas estruturas, com risco de interdição. No entanto, de acordo com a coordenadora, a Escola Otaviano não estava na listagem com risco. No dia 8 de fevereiro, o professor Cesar Diniz se deparou com o problema no piso da Escola Otaviano. Então, foi solicitada uma avaliação da CROP.
“A Fiscalização esteve lá e, na tarde do dia 16 de fevereiro, a CRE recebeu o auto de interdição. Então, trabalhamos todo o feriado de carnaval, com os diretores de Guaíba, da região central, para ver onde colocaríamos os alunos do Otaviano. A diretora do Colégio Estadual Cônego Scherer, professora Maria da Graça, conseguiu reorganizar os espaços e liberou três salas para atender os alunos do 8º e 9º anos, por tratar-se de uma Escola de Ensino Médio (não seria viável misturar as crianças pequenas com os alunos maiores). Nós disponibilizamos merendeiras e servente para dar conta desta demanda no Cônego, além de organizar um horário especial dos professores e plantão com equipe diretiva também.
Na manhã de terça-feira, 20, fizemos uma reunião com os pais do 8º e 9º anos, quando nos foram relatadas situações bem ruins pelos pais, que já estavam organizados. A gente entende perfeitamente esta situação, mas a integridade física dos estudantes está acima de qualquer outra situação. Nós enquanto poder público temos a obrigação de oferecer vagas e dar um jeito para que os alunos sejam atendidos sem prejuízo”, esclareceu Claudete de Oliveira.
Não foi divulgado prazo para realização e conclusão da obra do prédio interditado.
Publicado em 23/2/24