O Brasil e os Brasileiros

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Este é um jornal regional, que trata prioritariamente das questões de Guaíba e Região. No entanto, quando o tema nacional se impõe, o colunista transcende as fronteiras da Aldeia. Como ontem foi o Dia da Independência do Brasil, resolvi abordar o contexto nacional. Vamos lá.

O Brasil é um País imenso, com muitas riquezas naturais, uma indústria forte, terra arável a perder de vista, significativa incidência solar, ventos energéticos, água doce em abundância, agricultura pujante, uma costa marítima com 7,3 mil quilômetros, riquezas minerais em cima e debaixo da terra. O PIB do Interior de São Paulo é maior do que o da Argentina.

Considerando o parágrafo acima, é de se acreditar que os brasileiros vivam bem, com fartura e harmonia social. Só que não, pelo contrário. Então, é preciso uma reflexão profunda para ver onde erramos.

Pelo menos a metade da população não se importa com a corrupção, trata o tema como se fosse algo sem importância. Isso explica a contradição de um País tão rico ter uma população tão pobre.

Além de ser indiferente à corrupção, um percentual significativo da população acredita no populismo; mais do que isso, briga com amigos e familiares por políticos populistas.

A maioria dos integrantes do Congresso Nacional é formada por cambistas de votos. Muitos já se envolveram em grandes esquemas de corrupção e são reeleitos pelo povo. Para conseguir governar, é preciso comprar os votos no Congresso. Isso já aconteceu com o mensalão, mas ficou muito escancarado. Então, a manobra segue com distribuição de emendas e multiplicação de ministérios para acomodar a patota. E o povo (percentual significativo) reelege e reelege porque não se importa com corrupção.

Resumo da bufa: os populistas jogam pra torcida, se elegem com discursos enfeitados e insustentáveis, se mantêm nos cargos compartilhando a bolada no andar de cima e garantindo migalhas para a massa lá embaixo, cuidando para que comam galinha anabolizada e paguem os boletos.

Ah, não é assim? Então como explicar a pobreza em que vive a maioria dos brasileiros, considerando o segundo parágrafo desta coluna? Lembrando que essa realidade dramática atravessa décadas e décadas; quando alguém tenta mudar, o sistema engole. E como tudo sempre pode piorar, aos poucos estão tirando a nossa liberdade de expressão em nome de uma democracia postiça, com a conivência dos santinhos do pau oco.

 

Mauricio Harger deixa a CMPC

Depois de cinco anos no comando da CMPC no Brasil, Mauricio Harger está deixando a empresa para um novo desafio, que não consegui descobrir qual. Harger fica no cargo, na fábrica de Guaíba, até o dia 29 de setembro. Depois, assume a diretoria geral, acredito que de forma interina, o diretor industrial Jailson Aquino.

 

Eleição de Diretores

A Câmara Municipal de Guaíba aprovou, por unanimidade, projeto de lei que define regras para as eleições de diretores das escolas municipais. Segue o baile.

O projeto foi amplamente discutido por um grupo de trabalho, formado por professores, representantes do Sindicato dos Professores, Governo (SME) e vereadores. O trabalho foi muito bem conduzido pelo vereador Alex Medeiros, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Bacana quando prevalece o diálogo.

 

Ecopontos e Reciclagem

Na semana passada, publicamos no espaço Recado do Leitor a denúncia de um morador do Bairro Jardim dos Lagos, que flagrou o recolhimento do material misturado no ecoponto para ser levado à empresa responsável pela destinação correta. A Gazeta Centro-Sul se manifestou em Editorial sobre este tema.

Essa semana, busquei esclarecimentos com o secretário de Infraestrutura, Ivan Barcellos. Ele sempre se mostra atencioso às consultas da Gazeta. O secretário explicou que cabe à empresa Maquitel providenciar o destino correto dos resíduos. Ele destacou, também, que a empresa venceu processo licitatório para prestar o serviço, sendo licenciada e fiscalizada pela Fepam.

Ok, mas ainda tenho dúvidas a respeito de como é feito, na prática, o recolhimento dos resíduos nos ecopontos para serem levados à empresa encarregada de dar o destino correto. Vamos apurar isso.

 

Desfile Vazio

Neste ano, o Desfile de 7 de Setembro, em Brasília, estava praticamente sem público, comparando com anos anteriores. É verdade que houve campanha de desmobilização por parte de lideranças da direita. Mas se o Brasil está dividido, onde estava a outra metade?

Há momentos no trajeto do desfile em que o presidente Lula e a primeira-dama parecem acenar para as grades na calçada.

 

Leandro André

leandro.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 8/9/23

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