Lixo nos logradouros e equipamentos públicos danificados por vândalos são sinais de que é preciso implantar um programa eficaz de Educação Ambiental no Município, além de um serviço de fiscalização atuante.
Em Guaíba, no início da década de 1990, a Diretoria de Meio Ambiente e a Secretaria de Educação implantaram um programa de Educação Ambiental denominado “Plantando Ecologia”, com o objetivo de construir uma sociedade mais atenta às questões ambientais, com consciência ecológica. Entre as atividades mais importantes desenvolvidas, destacaram-se a participação das escolas no sistema de coleta seletiva de lixo; a realização de hortas comunitárias; a promoção de palestras e visitas técnicas. Todo o trabalho nas instituições de ensino era coordenado por professores previamente treinados. O engajamento tornou-se abrangente, envolvendo as famílias dos estudantes e as comunidades dos bairros.
Por meio de parcerias, a Prefeitura mantinha espaços para o descarte de caliças, entulhos e galhos, o que garantia uma cidade relativamente limpa. Tudo isso com um orçamento cerca de 14 vezes menor do que o atual. Infelizmente, com as sucessivas trocas de governos, o Plantando Ecologia foi desativado, sendo substituído por ações teóricas, com pífios resultados práticos.
A experiência de Guaíba, relatada acima, mostra que a preservação ambiental depende mais de vontade política do que de dinheiro.
A implantação de ecopontos para o descarte de resíduos recicláveis foi um avanço importante em Guaíba nos últimos anos, mas trata-se de uma ação parcial que precisa estar integrada ao comportamento da população, o que se torna viável por meio de um programa educativo, envolvendo a comunidade através das escolas, conforme aconteceu no início da década de 1990.
É preciso criar na sociedade o sentimento de pertencimento para que todos se sintam responsáveis pelo bem-estar coletivo. Compreender a importância da Educação Ambiental é o primeiro passo para tomar o caminho que conduz à qualidade de vida para todos.
Publicado em 3/6/21.