Existe legislação que trata das questões ambientais de abrangência federal, estadual e municipal. As regras foram criadas para assegurar o desenvolvimento sustentável, respeitando a natureza.
Em relação a Guaíba, existe um passivo ambiental envolvendo a Bacia Hidrográfica do Arroio Passo Fundo. O tema é relevante, mas tem sido tratado de forma superficial nos últimos anos. Uma ação concreta que poderá mudar esta realidade de poluição severa na Zona Sul da Cidade é a execução do projeto de tratamento do esgoto cloacal por meio da Parceria Público-Privada (PPP) já firmada com a Corsan.
Outra questão importante se refere à fábrica de celulose no perímetro urbano. A atividade gera impacto ambiental, que vem sendo relativizado com medidas compensatórias, buscando o equilíbrio entre as questões econômicas e ambientais.
Por fim, fechando os três pontos de maior relevância em relação ao meio ambiente de Guaíba, vem o relaxamento que envolve o poder público e parcela da população.
A fragilidade do sentimento de pertencimento e da fiscalização municipal resulta em um ambiente degradado, com obras mal-acabadas, calçadas e ruas esburacadas (foto) e vandalismo. Essa falha histórica pode ser solucionada com um programa eficaz de Educação Ambiental, que iniciou na década de 1990 e foi desativado pela Prefeitura. Além disso, é preciso cuidar melhor da iluminação, da pavimentação das ruas e das calçadas, executando obras de qualidade e exigindo o cumprimento do Código de Posturas.
Planos do Governo Municipal
Considerando o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, a Gazeta questionou o Governo de Guaíba sobre os planos para tratar das questões ambientais do Município.
Entre os projetos citados pela Prefeitura de Guaíba, estão: recuperação do Arroio Passo Fundo; estudos para substituição gradual da vegetação exótica por vegetação nativa; ampliar a arborização urbana; revitalização do entorno dos açudes do Loteamento Jardim dos Lagos; consolidar a implantação do Parque Natural Municipal Morro José Lutzenberger; recuperação de áreas degradadas; recuperação de matas ciliares; recuperação de corpos hídricos; ampliação do projeto de recondução de animais silvestres; revitalização do entorno do Açude Pedras Brancas; abertura de novos ecopontos; e estudo de viabilidade para criação de coleta seletiva.
Foto: LA/Gazeta
Publicado em 3/6/21.