Sempre fui cercado por mulheres, graças a Deus. Mulheres maravilhosas, fortes, trabalhadoras, amorosas, parceiras e femininas.
Minha mãe, Alda Terezinha, me deu a vida e fez o que pôde para que eu fosse feliz; sempre me ensinou a fazer o certo, portanto, o que fiz de errado não tem nada a ver com ela. Uma querida macia, linda, que lembro sempre com carinho e gratidão; peço nas minhas orações que esteja bem após ter nos deixado deste mundo.
Tive duas irmãs, a Susana e a Andréia. A Susana partiu recentemente, vítima de câncer. Uma mulher linda, amiga e companheira dos jogos no Beira-Rio; saudades. Andréia, a caçula, ajudei a cuidá-la quando criança, outra querida com a qual divido risadas e dramas.
A Cristina é a minha mulher há 42 anos, o que significa que já não tenho quase histórias para contar em que ela não esteja. Uma pessoa maravilhosa, de alma boa; evoluída. Uma mulher agregadora, que gosta de viver intensamente e de conviver com a família. Mãe da minha filha Luana e vó da minha neta Isabela. A Cris é companheira de uma vida.
A Luana, minha filha, é mulher guerreira, que não aceita ser bancada, bonita, inteligente, engajada socialmente. Às vezes, por conta do gene do pai, é ácida na crítica, mas é uma pessoa maravilhosa.
A Isabela, neta de 11 anos, é a paixão da minha vida. Nunca imaginei que iria curtir tanto uma neta. Ela gosta de estudar, de ler, de ciências e matemática. Uma das crianças mais inteligentes que conheço; corrigindo: a mais inteligente das crianças que conheço.
Não conheci minha avó paterna, Sultana, imigrante do Líbano, mas sei de histórias bacanas dela. Já com minha avó materna, a Ana Rosa Teixeira (Nitinha), uma portuguesa que veio criança para o Brasil, convivi bastante. Baixinha dinâmica, adorava visitar os filhos e parentes. Por onde andava, pegava mudas de folhagens e plantava no seu jardim; tinha mão boa, tudo que plantava se desenvolvia intensamente, suas dálias e rosas eram gigantes e perfumadas. Na cozinha, ninguém batia seus bolinhos de chuva, pão feito em casa no forno de barro, com cara de boneco, e o pão torrado que ela fazia era de humilhar a Bauducco.
Durante muito tempo, minha avó me levou ao Beira-Rio. Primeiro, íamos de ônibus até o Centro de Porto Alegre, onde pegávamos um barco no Cais Mauá e seguíamos até o estádio. Isso mesmo, de barco. Nunca conheci uma colorada mais colorada do que a minha avó Nitinha.
Tive o privilégio de conviver com a minha sogra, uma relação maternal totalmente o oposto do clichê de sogra malvada. Eu a chamava de Nona, como os demais membros da família da Cris. A Nona era mulher completa, cozinhava como poucas, dava conselhos sábios, estava sempre pronta para acolher e ajudar. Sua felicidade era uma mesa farta e cheia de gente na volta.
Neste contexto da Nona, teve a Daura, uma mulher que começou trabalhando na casa da minha sogra e se tornou membro da família. A Daura era uma pessoa simples e fascinante, nunca a ouvi dizer não.
No combo das mulheres maravilhosas da minha vida ainda tem as tias, cunhadas, sobrinhas, professoras e amigas. Que privilégio!
Com as mulheres da minha vida aprendi o valor delas, e que todos os dias são das mulheres. Mas como tem um dia especial para celebrar a luta por igualdade que tiveram de travar no passado, então dedico esta Coluna a elas, as mulheres da minha vida, que me fizeram ser um homem melhor. Homenagem extensiva a todas as leitoras.
PL de Guaíba Autorizado
O PL nacional decidiu que em todos os municípios do Brasil onde há diretórios do partido tem de ter candidato(a) à Prefeitura na cabeça de chapa. E, ainda, veta qualquer coligação com partido de esquerda. Opa! Essa decisão gerou frisson em Guaíba, considerando que a vice-prefeita Cláudia Jardim (PL) é pré-candidata a vice-prefeita na chapa com o pré-candidato a prefeito Marcelo Maranata, que é do PDT, sigla de oposição ao PL. Eles deverão repetir chapa para tentar a reeleição.
Então, fui conferir o que vai acontecer na Aldeia diante da resolução do PL nacional. Apurei que Guaíba é um dos três municípios de exceção, onde foi autorizado que o PL concorra de vice. Quando questionei sobre o fato de a coligação ser com o PDT, minha fonte assobiou olhando para o horizonte, onde um pássaro planava no céu. Na política partidária, tem resoluções, exceções e contemplação a pássaros planando no céu azul.
Graciano e a Calça Apertada
Segundo a Tia Alaíde, o vereador Graciano Pereira, dos poucos que restaram na oposição ao Governo Maranata, está de namoro firme com o PSD para se filiar ao partido. Acontece que o PSD está fechado com o Maranata, é da base governista. O Vereador Graciano me confirmou que é grande a possiblidade de ingressar no PSD.
A calça está bem apertada; vai dificultar a pulada de cerca do Graciano.
Leandro André
Publicado em 8/3/24
