Policiais civis e militares desencadearam, na sexta-feira, 22 de setembro, a Operação Saturação de Área, com objetivo de intensificar o policiamento ostensivo em regiões de maior incidência à criminalidade, além de contribuir para a redução dos crimes violentos e enfrentar o crime organizado na Capital Gaúcha e Região Metropolitana.
As intensivas, efetuadas nos bairros Mário Quintana e Costa e Silva, foram realizadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil e pela Brigada Militar, através do Comando de Policiamento da Capital (CPC).
Ao todo, 28 homens foram presos durante as ações. Estima-se que o prejuízo ao crime organizado possa ultrapassar a soma de meio milhão de reais. Durante as diligências, os policiais apreenderam 25 armas de fogo ilegais, 1.366 munições, seis coletes balísticos e 25 celulares. Dentre as apreensões (foto), três fuzis, três submetralhadoras, duas espingardas calibre 12, um revólver, 16 pistolas, diversos carregadores de arma de fogo, rádios comunicadores, balanças de precisão e porções de drogas.
O diretor do DHPP, delegado de Polícia Mario Souza afirma que “foi uma operação em conjunto histórica contra o crime organizado, causando um forte prejuízo aos criminosos que insistem em determinar mortes na capital.”
O comandante do CPC, coronel Luciano Moritz, destaca que “é a resposta das forças de segurança contra as facções que insistem em criar a instabilidade nas comunidades. A resposta será sempre enérgica e no sentido do enfraquecimento desses grupos criminosos. Deixando o alerta que jamais ousem o enfrentamento contra as corporações, pois a resposta será ainda mais forte”.
Em Guaíba, condenados os assassinos que mataram e queimaram o corpo da vítima
A pedido do Ministério Público do RS em Guaíba, na terça-feira, 21 de setembro, foram condenados pelo Tribunal do Júri dois homens pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe e mediante emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. Os crimes foram cometidos em fevereiro de 2019, em um Horto Florestal, em Guaíba.
Segundo o promotor de Justiça que atuou em plenário, Fernando Cesar Sgarbossa, os réus lideravam um grupo criminoso que atuava em Guaíba e executaram um motoboy por causa de desavenças relacionadas ao tráfico de drogas. Desaparecida desde o dia 2 de fevereiro de 2019, a vítima era procurada pela mãe. Seu corpo só foi encontrado 42 dias depois, quando um guarda que trabalhava no local encontrou sua moto enterrada e, embaixo, a ossada e os documentos do homem.
Na noite do crime, o motoboy foi atraído pelos criminosos para um local isolado, onde foi atingido por um tiro na cabeça. Os réus continuaram atirando contra a vítima. Em seguida, os criminosos carbonizaram o corpo e enterraram os restos mortais.
A autoria dos crimes foi elucidada somente em janeiro de 2021, quando o grupo fez um churrasco para alinhar as atividades e um dos integrantes se recusou a ir ao encontro. Os outros membros tentaram sequestrá-lo, mas o homem fugiu e alertou a Brigada Militar. Depois da prisão dos líderes da organização, foram recuperadas mensagens nos celulares apreendidos, com relatos de vários crimes cometidos, entre eles, o homicídio do motoboy. Os réus também planejavam matar outros dois integrantes do grupo.
O líder da organização foi condenado a 23 anos de prisão, e seu parceiro a 19 anos.
Foto: Divulgação/PC
Publicado em 29/9/23