Em 2019, começou a ser construído o bairro planejado Guaíba Park, numa área central da Cidade, com cerca de 80 hectares. O investimento anunciado foi de R$ 60 milhões em urbanização, projetado para uso misto: espaços residenciais, comerciais e de serviços.
De acordo com a Prefeitura, o empreendimento imobiliário conta com um total de 1.245 lotes, divididos em cinco etapas de urbanização. A maioria dos terrenos tem dimensões retangulares a partir de 200m².
O projeto conta com cinco praças, espaço para shows e eventos ao ar livre, estações de ginástica, pista para caminhadas, ciclovias, quadras poliesportiva e de areia para beach tennis e vôlei de praia, espelho d’água e área pet.
Demora na Liberação
A previsão inicial de entrega dos terrenos era de junho de 2022 a junho de 2024. No entanto, houve atraso na liberação, o que levou diversos leitores a buscarem informações sobre o andamento do empreendimento por meio da Gazeta Centro-Sul.
Essa semana, a Gazeta entrevistou a secretária de Planejamento, Gestão Territorial e Meio Ambiente, Vanessa Kologeski, e a coordenadora do Departamento de Controle Urbanístico, arquiteta Tatiana Santos.
A secretária informou que no dia 29 de março deste ano foi liberada a primeira das cinco fases que compõem o projeto. Vanessa ressaltou que a Prefeitura só libera o alvará de construção das obras civis privadas após receber as licenças da Fepam e as liberações da Corsan e da CEEE.
A Corsan fornece o termo provisório por 90 dias. Se neste período tudo funcionar normalmente é concedido o termo definitivo, que irá garantir o habite-se, a licença da Prefeitura para ocupação do imóvel. A secretária e a coordenadora enfatizaram que este é um rito seguido em todos os loteamentos no município de Guaíba.
As fases de implantação contemplam terraplenagem, drenagem, iluminação pública, arborização e éreas de recreação.
Sistema de Drenagem
Uma das grandes preocupações da comunidade se refere a questão da drenagem do Guaíba Park, considerando o tamanho do Loteamento e os reflexos com possíveis alagamentos na região central da Cidade. Esta apreensão se deve ao fato de que a área funcionava como importante ponto de absorção natural das águas da chuva antes de ser alterada pelo empreendimento.
A arquiteta Tatiana Santos explicou que o projeto conta com um sistema de macrodrenagem formado por cinco bacias de retenção da água, liberando aos poucos para a rede. Estas bacias são subterrâneas e, sobre elas, estão previstas instalações de espaços de lazer e esportes, praças, playgrounds e equipamentos urbanos (foto).
A Reportagem da Gazeta esteve no local na manhã de quarta-feira, 21 de junho, constatando a construção de algumas casas em terrenos que pertencem a primeira fase liberada do Loteamento, com 408 lotes, localizada próxima ao acesso pela Avenida Norberto Linck (Parque 35).
A Prefeitura não divulgou a previsão de liberação das demais etapas, tendo em vista que o Município precisa recebê-las das concessionárias (Corsan e CEEE), além da licença da Fepam.
Foto: LA/Gazeta
Publicado em 23/6/23