A maioria das cidades brasileiras apresenta problemas estruturais, que se manifestam em dificuldades na mobilidade urbana, nos elevados índices de poluição, no déficit de moradias, em ocupações irregulares, na falta de saneamento e na precariedade dos serviços públicos. Este conjunto de obstáculos prejudica a qualidade de vida da população, e a principal causa disso é a falta de planejamento.
Há muitos casos em que é preciso reorganizar os bairros, com regularização fundiária e urbanização, de acordo com a realidade, visando garantir dignidade aos moradores.
Não se pode admitir que grupos de pessoas continuem ocupando áreas públicas para construir suas casas em espaços inadequados, de risco, formando depósitos de gente. Os programas habitacionais devem ser constantes, a fim de oferecerem moradias às pessoas de baixa renda em locais planejados, observando todos os aspectos que envolvam o bem-estar dos cidadãos.
Em Guaíba, o Executivo Municipal precisa concluir ajustes importantes no Plano Diretor; trata-se de uma ação prevista em lei, mas que se arrasta há uma década. Espera-se um trabalho técnico e integrado com a sociedade, observando as características da Cidade, com olhar no futuro, buscando um desenvolvimento urbano sustentável.
É imprescindível que os gestores públicos trabalhem com planejamento, atribuindo importância ao convívio harmônico e à qualidade de vida da sociedade, respeitando o meio ambiente. Não é possível administrar uma cidade apenas resolvendo problemas pequenos diariamente, sem enfrentar as questões estruturais.
Que os agentes públicos adotem uma nova agenda urbana, construindo estratégias que garantam desenvolvimento sustentável nas cidades, observando de forma abrangente o contexto socioeconômico local e com olhos abertos para o futuro, atentos ao potencial da região onde estão inseridos.
Publicado em 03/11/23