Já faz bom tempo que acredito na força da energia positiva que deriva de pensamentos, sentimentos, palavras e atitudes. Estou convicta de que somos todos capazes de construir boa parte da alegria do mundo a partir desse padrão de comportamento, que inclui conexão com o divino por meio de orações.
De dentro para fora, é assim que encontramos a genuína felicidade, semeando bons sentimentos no solo fértil do coração, regando-os com pensamentos e gestos conciliadores e bem-intencionados.
Na descoberta de que orações de agradecimento são bálsamos para noites de sono reparador, depois de assistir ao documentário “Quem Somos Nós?”, de ler “Brincando com Deus” e “O Segredo”, cheguei à conclusão definitiva de que o pré-requisito para ser feliz é compreender e respeitar o grandioso milagre da vida. Seguir em frente tentando fazer o bem, deletando manifestações de ira da memória e perdoando, mantendo consciência e alma leves.
Mas há momentos em que, até para aqueles que trilham o caminho do otimismo, se torna difícil conviver com pessoas que se mostram pessimistas convictas. Prova de fogo para a manutenção da felicidade interior, desafio aos bons hábitos que tanto nos esforçamos para manter inabaláveis.
É claro que sem os rabugentos e os desmancha-prazeres tudo seria bem mais simples; esse pessoal costuma dar trabalho. Contudo, resgatá-los para a alegria pura e simples talvez seja nossa tarefa maior.
Esperança e fé me fizeram otimista incorrigível, sei que algum dia entenderei por que há gente que cria tanta dificuldade para se encontrar com a alegria. Até lá, seguirei enfrentando maus-humores e indelicadezas com paciência.
Há momentos, porém, em que a má vontade e o ranço alheios ameaçam passar dos limites. É quando sorrisos afetuosos se aquietam naturalmente, encabulados diante da contrariedade. Mas, colocados assim à prova, felizmente logo reagem positivamente, aceitando a tarefa de insistir na alegria e na bondade.
Procuro entender as razões que levam certas pessoas a nutrirem constante conflito com a felicidade. Porque somos todos livres para optar entre esperança e desespero, bom-humor e rabugice, sorriso e cara fechada, delicadeza e grosseria.
E, cá para nós, tenho observado a vida sorrir para quem compreende que é de dentro para fora que encontramos a genuína felicidade.
Cristina André
Publicado em 15/4/24