As constantes estiagens no País têm provocado redução significativa nos reservatórios hidrelétricos, colocando em risco o abastecimento de energia. A utilização emergencial de usinas termelétricas (queima de carvão) é cara e altamente poluente. Este cenário se traduz em sinal de alerta sobre a necessidade de acelerar o uso de fontes renováveis e limpas para diversificar a oferta e fortalecer a segurança de suprimento elétrico no Brasil.
Os especialistas ressaltam que o avanço da implantação de sistemas de captação de energia solar no País, via leilões para grandes usinas, ou pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais, instituições e prédios públicos, é fundamental para reduzir o chamado custo Brasil, com uma energia elétrica mais competitiva, reduzindo a conta de luz da população e diversificando a oferta de eletricidade.
O setor elétrico nacional ainda enfrenta descompassos no planejamento, o que afeta a sua expansão. O caminho mais viável a seguir é acompanhar as políticas públicas adotadas em países desenvolvidos.
Percebe-se importante sinergia entre os recursos renováveis como hídrico, solar, eólico e da biomassa no País, indicando um potencial que precisa ser aproveitado com mais eficiência. Apostar em termelétricas é um erro a ser superado. O ideal é economizar a água dos reservatórios hidrelétricos, que se torna escassa pelas estiagens, trocando pelos recursos renováveis, mais competitivos, abundantes na natureza e limpos.
Exemplos como o projeto do Projari, em Guaíba, contribuem para impulsionar o sistema de captação de energia solar no Estado do Rio Grande do Sul.
É preciso avançar no planejamento, visando a expansão das fontes renováveis para a geração de energia elétrica sustentável e, consequentemente, aumentar a competitividade econômica do Brasil, respeitando o meio ambiente.
Publicado em 6/8/21.