Aeromot e a Terceira Mudança

0
COMPARTILHAMENTOS
51
VISUALIZAÇÕES

Eu tenho muito cuidado ao abordar sobre implantação de novas empresas em Guaíba, considerando o histórico de anúncios furados em série. No entanto, acompanhando esta nova intenção de se implantar um complexo aeronáutico da Aeromot em Guaíba, me parece que desta vez vai se concretizar.

A Fepam já liberou a Licença Prévia, o primeiro passo concreto para a execução do projeto, que prevê a construção de um aeroporto privado que, segundo o prefeito Marcelo Maranata, já tem até nome: Roberto da Cunha. A pista de 1,8 km já tem aprovação da Aeronáutica, afirmou o Maranata.

Se realmente for executado este grande projeto – estou na torcida para que aconteça – teremos a terceira mudança significativa em Guaíba.

A primeira aconteceu com a construção das pontes, na Região das Ilhas de Porto Alegre, na virada dos anos de 1950 para 1960.

A segunda se deu com a chegada da Borregaard (hoje CMPC), gerando importante crescimento demográfico, intervenções culturais, sociais, econômicas e ambientais.

A terceira viria com o Complexo Aeronáutico da Aeromot, considerando que um projeto deste tamanho, além de gerar empregos de qualidade e renda, traz tecnologia de ponta, dá visibilidade positiva ao Município, qualifica os sistemas urbanos e atrai empresas tecnológicas, criando um círculo econômico e social virtuoso. Mas, para que funcione de acordo com a teoria, é preciso que a comunidade esteja devidamente preparada, com seu Plano Diretor ajustado e um sistema de planejamento profissional atuante.

Vamos aguardar, sem euforia e delírios, mas com otimismo e foco para que as coisas aconteçam de forma sustentável.

 

Avaliação da Educação

Estão em andamento, desde outubro, as avaliações externas SAEB (Governo Federal/IDEB) e SAERS (Governo Estadual), que se encerram na próxima semana. Estas avaliações servirão de balizadores para o projeto de incentivo que o Governo Municipal está criando, com a liberação de bolsas para estudantes e professores (valores de R$ 200,00 e R$ 500,00 respectivamente, por dez meses, conforme me informou o Prefeito Maranata) que obtiverem bons resultados nas avaliações. A divulgação dos resultados está prevista para o primeiro trimestre de 2024.

O Governo Municipal está focado em melhorar os índices de Guaíba, considerando que ficaram muito baixos nas últimas avaliações.

De acordo com a secretária de Educação, Magda Ramos, os alunos da Rede Municipal de Ensino estão sendo acompanhados através de simulados, realizados pelo material Aprova Brasil, Editora Moderna, implementado para desenvolver as habilidades contempladas na matriz das avaliações externas.

 

Ruas Boas e Ruas Degradadas

Sobra as vias que estão sendo pavimentadas na Aldeia, nós ficamos sabendo por conta dos vídeos divulgados em série nas redes sociais da Prefeitura e do prefeito. Pavimentação asfáltica, seguida de abraços, temos acompanhado intensamente. Esse é um ponto positivo da Administração Municipal. Entretanto, existe uma outra realidade distante da telinha e da emoção que precisa de atenção.

Recebemos aqui na Gazeta reclamações de moradores das vilas São Francisco e Vera Cruz (ver espaço Reclamações nesta edição). Diante das queixas de ruas praticamente intransitáveis, fui conferir. Realmente, são ruas bem ruins. Segundo o secretário Ivan Barcellos, ainda este ano, a Prefeitura irá trabalhar naquela região da Cidade para melhorar o sistema viário. Vamos acompanhar. A coisa está feia por lá.

 

Projeto da Nova Orla

No dia 19 de dezembro, às 18 horas, no Auditório da Prefeitura de Guaíba, está programada a realização de uma audiência pública para apresentação do projeto de estruturação da Orla Central da Cidade, a Beira. Agenda aí.

 

Suprema Corte e a Política

Quando analisamos o sistema de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dá uma sensação desconfortável, porque esta forma de indicação política acaba misturando os poderes e, de certa forma, politizando a Suprema Corte.

Neste contexto confuso, o STF tem decidido sobre matérias que seriam de exclusividade do Legislativo, como a definição de regras para a demarcação de terras indígenas (o Marco Temporal); a questão do aborto; a descriminalização do porte de drogas, e por aí vai.

Esta atribuição do presidente da República, de indicar os membros do STF, conforme acontece no Brasil e em outros países, acaba partidarizando a Corte Suprema do País.

Usando meu direito de manifestação, garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil, entendo que a imagem da figura de olhos vendados segurando uma balança não se enquadra no contexto do STF.

Seria mais justo que os ministros fossem selecionados por concurso público, conforme acontece em instâncias inferiores do sistema judiciário.

 

Leandro André

leandro.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 01/12/23

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *