Há muitos anos, o povo brasileiro sofre as consequências de uma crise generalizada, abrangendo política partidária, economia, segurança pública, atendimento de saúde e sistema educacional. A realidade da grande maioria dos brasileiros é dura. Para transcender este quadro negativo, a sociedade precisa entrar no jogo político de forma efetiva, com conhecimento sobre a realidade dos fatos, transcendendo narrativas.
Os preços dos alimentos são altos, considerando a renda média da população; a insegurança é geral, não se limita às ruas, criminosos invadem lares e estabelecimentos comerciais. Os resultados negativos da Educação não se restringem mais ao repasse de recursos, começam muitas vezes em famílias desestruturadas e se fortalecem em instituições aparelhadas com discursos ideológicos nocivos à harmonia social. A corrupção não é uma invenção da classe política, mas consequência da maneira como os políticos são eleitos e fiscalizados.
No Brasil, se fala muito em direitos e pouco em deveres. O respeito está sufocado pela intolerância e pela impunidade. Uma legislação pesada e ultrapassada prejudica o trabalhador com um falso rótulo de proteção. A economia patina nos gastos públicos desenfreados, na concentração de renda e numa carga tributária abusiva sem o devido retorno com serviços públicos. Os direitos humanos estão distorcidos.
Na política partidária, a polarização se sustenta no fanatismo profundo, com debates rasos, mantendo lideranças populistas que se revezam no poder.
Na área da Saúde, os repasses de dinheiro são bilionários, mas a gestão e a fiscalização, ineficazes; a corrupção gera sofrimento que mata à míngua.
Na falta de perspectivas e de limites, os jovens buscam saídas e encontram exploradores interesseiros, que os conduzem à alienação ideológica maquiada de luta por causas maiores.
O primeiro passo em direção à mudança de verdade é questionar as causas dos erros, compreendendo que tudo está relacionado às escolhas que fazemos e à autenticidade de nossas lutas.
Publicado em 2/2/24