Em relação aos serviços públicos, a sociedade destaca os atendimentos de Saúde, de Segurança e de Educação como prioridades, considerando a relevância para a qualidade de vida individual e coletiva. Mas é preciso acrescentar, no conjunto das prioridades, a oferta de espaços públicos de lazer e de encontros comunitários, como parques e praças nos centros urbanos, ponderando a importância que o convívio social junto à natureza tem para a saúde da população.
A Gazeta Centro-Sul aborda este tema com frequência, registrando ações ou a falta delas em relação à criação e à conservação dos parques e das praças da cidade.
Neste contexto, destaque para a demora na implantação do Parque Ecológico no Morro José Lutzenberger, cujo processo se arrasta desde 2013 na Prefeitura de Guaíba. Por tratar-se de uma Unidade de Conservação, já existem recursos separados para dar início à criação do Parque, oriundos de medidas compensatórias do projeto de expansão da CMPC no Município. Este dinheiro somente pode ser aplicado em projetos ambientais, em unidades de conservação, como no caso em questão. Portanto, não se trata de uma escolha entre criar um parque ou investir num hospital, por exemplo. É justo que Guaíba receba os recursos de compensação, pois uma fábrica de celulose no meio da cidade gera importante impacto ambiental. Isso é reconhecido por todos.
É preciso agilizar o processo de implantação do Parque Ecológico, cobrando ações efetivas do Governo Municipal. Trata-
se de espaço significativo para o bem-estar da sociedade local, bem como para impulsionar o turismo regional e a educação ambiental, preservando a natureza e a biodiversidade existente na área.
O valor dos parques e das praças em centros urbanos é o mesmo dos serviços de Saúde, Segurança e Educação, pois todos são imprescindíveis para garantir qualidade de vida.
Publicado em 19/4/24