É flagrante a falta de sintonia entre o Governo Municipal de Guaíba e as empresas que prestam serviços de distribuição de energia elétrica, telefonia, abastecimento de água e tratamento de esgoto. Há muitos anos a Gazeta Centro-Sul vem divulgando problemas na cidade relacionados com estes serviços. É preciso criar um sistema integrado, que respeite a aplicação do dinheiro público, o meio ambiente e, principalmente, a população.
Reportagens e críticas a respeito dos serviços públicos terceirizados são recorrentes. Basta percorrer as ruas da Cidade para observar diversos problemas.
Nesta edição, o Jornal traz uma questão ambiental que ratifica a necessidade da implementação de uma nova postura do poder público em relação à Corsan.
Causa espanto a situação da água com lodo que a Companhia descarta no cartão postal da Cidade. Pelas respostas enviadas à Gazeta, tanto a Corsan quanto a Prefeitura tratam o problema como uma questão de pouca relevância. Estamos diante de dano ambiental que acontece na margem central do Município.
Neste caso do lodo, a Prefeitura entende que a responsabilidade de fiscalização é da Fepam, enquanto o expurgo do tratamento de água segue sendo despejado diretamente no Lago Guaíba sem qualquer tratamento.
O dano ambiental acontece ao lado do calçadão principal, no cartão postal da Cidade, ao mesmo tempo em que se discute o desenvolvimento do turismo em Guaíba. Uma contradição impressionante.
Já passou da hora de o poder público municipal e o Ministério Público sentarem-se à mesa com a Corsan, a CEEE Equatorial e as empresas de telefonia, a fim de encontrarem soluções eficazes para os problemas ambientais decorrentes da prestação de serviços importantes para a população.
Publicado em 04/8/23