O engenheiro Otemar Alencastro (foto), gerente de Projetos Especiais da CMPC, e Daniel Andriotti, Relações Institucionais da empresa, apresentaram para os vereadores e comunidade de Guaíba o projeto BioCMPC, considerando os impactos positivos que a empresa anuncia para o Município e Região. O evento aconteceu no dia 3 de junho, na Câmara Municipal de Guaíba. O proponente foi o vereador Miguel Crizel, que conduziu a reunião.
De acordo com Alencastro, o BioCMPC vai além de investimento financeiro. Ao longo destes dois anos previstos para a sua execução, estão sendo feitos ajustes no sistema de produção, introduzindo tecnologia avançada de controle ambiental, como a utilização de uma caldeira que será movida por gás natural, com menor impacto no meio ambiente.
Neste contexto, diversos projetos sociais deverão ser executados, como a criação de um Instituto e de um Centro Cultural, que deverá oferecer oficinas e atividades culturais para estudantes de Guaíba no turno inverso da escola. Os detalhes já foram divulgados pela Gazeta Centro-Sul.
A empresa afirma que na manutenção do parque fabril serão gerados cerca de 7500 empregos, sejam eles de forma direta ou indireta, além da geração de renda na economia local: aproximadamente R$ 350 milhões em impostos federais, estaduais e municipais.
A prioridade é para utilizar mão de obra local. No entanto, segundo Alencastro, na medida em que o projeto avança é necessário contar com trabalhadores especializados que não estão disponíveis na Cidade.
O BioCMPC prevê investimentos de R$ 2,75 bilhões na modernização do parque industrial e melhorias no controle de emissões.
Questionamentos e Ponderações
A vereadora Carla Vargas questionou sobre prazos para a oferta dos projetos sociais e culturais aos estudantes de Guaíba. A previsão é para 2023. O vereador Tiago Green solicitou informações sobre a construção (elevação) do muro de contenção acústica voltado ao Balneário Alvorada. Green ressaltou que aquela comunidade recebe impacto importante. De acordo com a empresa, está previsto a elevação do muro em 15 metros para o lado Sul, mas não descarta a possibilidade, também, de ampliação.
O vereador Alex Medeiros destacou a importância de a CMPC retomar o apoio aos pequenos projetos sociais, que foram suspensos nos últimos anos. Já o vereador Manoel Eletricista perguntou sobre a retomada das matrículas do Curso de Celulose e Papel. O parlamentar ressaltou a importância de qualificar mão de obra na comunidade para trabalhar na fábrica. Atualmente, as matrículas foram suspensas para que fosse encontrada uma forma legal de pagar os professores do Curso. Daniel Andriotti disse que a ideia é retomar ainda este ano.
Participaram do encontro, vereadores, membros do Governo Municipal, representantes da OAB, da Acigua e Imprensa. O senador Luiz Carlos Heinze fez uma fala de forma virtual.
O vereador Miguel Crizel, que presidiu a audiência, observou que foi aberto um espaço democrático para todos que quisessem se manifestar.
“É sempre importante trazer esta empresa para junto da comunidade. Deixamos em domínio público, com maior clareza, o trabalho que a CMPC vem realizando em parceira com o poder público”, concluiu Crizel.
Foto: LA/Gazeta
Publicado em 10/6/22