A Força da Maternidade

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Guaíba já teve um hospital com maternidade, o Livramento, oferecendo atendimento pelo SUS. Aliás, Guaíba já teve muitas coisas bacanas e importantes que não existem mais. Entretanto, o foco hoje é a maternidade. Muitos que circulam pela Aldeia e pelo mundo nasceram no Hospital Livramento, são guaibenses da gema.

O nascimento de uma criança é o principal acontecimento das famílias. Quando nasce um bebê, começa um novo núcleo familiar ou ele se amplia; nasce uma mãe, um pai e um comando que reúne avós, irmãos, tios e por aí segue. Quando nasce um bebê, manifesta-se o divino, o que destaca a relevância da obstetrícia na sociedade.

Lembro de ter presenciado cenas lindas de mães, pais e avós deixando o Hospital Livramento, flutuando com seus bebês enrolados em cueiros e cobertores. O Hospital estava localizado ao lado do prédio da Gazeta. Já escrevi sobre esses momentos espontâneos de celebração à vida que tive o privilégio de testemunhar.

Não basta o hospital ter um centro cirúrgico, é preciso que tenha uma maternidade completa, com UTI, caso seja necessário. É preciso ter aquela sala com a vidraça pela qual os parentes olham os bebês enfileirados em berços minúsculos e a enfermeira apresenta a criança como um troféu. É preciso que tias e avós se derretam na vitrina do berçário; é fundamental o serviço completo que garanta a segurança da mãe e da criança; maternidade com “M” maiúsculo.

Essa semana, vazou a informação de uma negociação da Prefeitura de Guaíba com a Unimed, para a compra do prédio onde a Cooperativa já teve seu hospital, visando a implantação de uma maternidade. Como ainda não foi batido o martelo, o Governo não se manifesta sobre o caso. Silêncio no Gabinete do Prefeito e frisson nos grupos de WhatsApp.

Que fechem o acordo, que retorne a maternidade em Guaíba e que voltem a nascer bebês na Aldeia.

 

O Trabalhador

Aos 14 anos de idade, comecei a trabalhar nos finais de ano na Casa Masson, onde meu pai era óptico. Como tirava boas notas e passava por média, em dezembro já estava de férias. O comércio sempre precisa de guris que fazem de tudo um pouco no período que antecede o Natal, devido ao aumento do movimento nas lojas, então, neste contexto, me contratavam. Tinha múltiplas funções, mas me especializei em fazer pacotes de presente. A Casa Masson era uma loja com clientela exigente, tudo tinha que ser impecável, culminando no pacote perfeito. Até hoje, ninguém me bate no pacote para presente.

Nos quatro anos seguintes, no dia primeiro de dezembro, lá estava eu pronto para fazer de tudo um pouco, inclusive belos pacotes de presente. Após colar a etiqueta dourada e entregar ao cliente, esperava elogios; quando recebia, inflava feito um baiacu.

Aos 18 anos, fui emancipado para abrir minha empresa, o Curso de Inglês Know-How, quando começou minha história em Guaíba. Desde então, não parei mais de trabalhar. Quando faltavam dois meses para eu me aposentar, mudou a legislação, então terei que esperar completar 65 anos. Tudo certo, pois vou reduzir o ritmo, mas não me vejo de pantufas olhando TV o dia inteiro. Eu curto trabalhar. Às vezes canso, outras dá vontade de jogar a toalha, mas logo me recupero e volto à batalha cheio de entusiasmo.

Trabalhador para mim é a pessoa que trabalha com entusiasmo, que dá o melhor de si, que está sempre aberto para aprender, que infla de satisfação com o resultado perfeito. Então, para estes, o meu abraço forte no dia 1º de maio, o Dia do Trabalhador.

 

Casa da Mãe Joana

E na séria “Casa da Mãe Joana”, segue a amontoação de pedras e mobiliário urbano misturados no Parque Natural (Área Verde), na margem central de Guaíba, que denunciamos aqui e está repercutindo. O vereador João Collares, que era prefeito quando o Parque foi implantado, se manifestou, na Câmara Municipal, contrário às intervenções sem planejamento na área. Na mesma linha, o vereador Manoel Eletricista destacou a falta de planejamento em ações do Governo.

 

Resposta da CMPC

Como a Prefeitura de Guaíba citou que a base de concreto no Parque se trata de um projeto em parceria com a CMPC, sem saber explicar ao certo o que seria, questionei a empresa, que enviou a nota que segue.

“A CMPC esclarece que a estrutura instalada no Parque Natural, em Guaíba, faz parte de duas iniciativas sociais, promovidas em parceria com a Prefeitura local e uma associação sem fins lucrativos. O espaço receberá equipamentos para possibilitar a prática esportiva e atividades de lazer – incluindo uma estação para bicicletas compartilhadas. Em breve a empresa divulgará mais informações”.

 

Nota do Colunista

Para reflexão: estação de bicicleta onde não tem ciclovia, sobre base de concreto localizada bem no meio do Parque, cuja principal característica é a natureza da margem; e, por fim, a parceria com uma associação sem fins lucrativos ainda não identificada.

 

Leandro André

Publicado em 26/4/24

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