Uma das fraudes mais comuns com o uso da tecnologia é o “phishing” em que os golpistas enviam e-mails ou mensagens de texto falsas, fingindo serem empresas legítimas, como bancos ou instituições financeiras. Esses comunicados fraudulentos solicitam informações pessoais, senhas e dados bancários, sob o pretexto de atualizar cadastros ou solucionar supostos problemas de segurança. Os idosos são os principais alvos desse tipo de tentativa e, muitas vezes, acabam tendo suas contas invadidas. De acordo com levantamento da Febraban, desde o início da pandemia houve o aumento de 60% nos golpes direcionados aos mais velhos.
O professor de Direito do Consumidor do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Nauê Bernardo, explica que a dependência crescente de dispositivos como celulares, tablets e afins, aliada à necessidade de utilizar serviços por meios não presenciais, amplia a fragilidade nesse contexto.
Embora muitas vezes os idosos tenham total consciência e funcionalidade, podem enfrentar dificuldades em termos tecnológicos, na utilização de determinados canais de comunicação e até mesmo apresentar vulnerabilidade emocional.
O jurista destaca a responsabilidade das instituições financeiras. Segundo ele, em consideração à hipossuficiência e às dificuldades enfrentadas, em geral, pelos idosos para obter determinadas informações ou lidar com certas tecnologias, é dever dessas instituições assessorá-los da maneira mais acessível possível.
“Isso inclui reforçar a segurança nas transações financeiras e garantir a segurança dos idosos ao utilizar canais eletrônicos. A confirmação de identidade por meio de múltiplos mecanismos e a implementação de barreiras que impeçam transações financeiras suspeitas podem evitar prejuízos para todas as partes envolvidas”.
Nauê Bernardo destaca que proteger os idosos contra fraudes é uma responsabilidade coletiva. Ele reforça que ao promover a educação digital, oferecer suporte familiar e implementar medidas de segurança nas instituições financeiras, é possível reduzir a vulnerabilidade dos idosos e garantir sua tranquilidade e bem-estar financeiro.
“A valorização e o respeito à terceira idade são essenciais para construir uma sociedade mais justa e segura para todos”, conclui.
Falso Parente em Apuros
Outro golpe frequente é o “falso parente em apuros”. Nesse caso, o golpista entra em contato, geralmente por telefone, se passando por um parente próximo em uma emergência financeira. Com histórias convincentes alegando urgência, solicita dinheiro ao idoso – que, preocupado com o bem-estar de seus entes, acaba perdendo suas economias.
Nunca repassar senhas ou dados pessoais por telefone ou responder mensagens. Diante de ações suspeitas, é fundamental entrar em contato com os familiares e com a instituição financeira.
Operação Infância Protegida prende três pessoas em flagrante por pornografia infantojuvenil na internet
Na quarta-feira, 19, a Polícia Civil do RS realizou a oitava fase da Operação Infância Protegida, que combate o armazenamento, a produção e o compartilhamento de pornografia infantojuvenil na internet. Coordenada pela 2ª Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Porto Alegre (2ª DPCA), sob o comando da delegada Sabrina Teixeira, a ação cumpriu três mandados de busca e apreensão, relacionados a três alvos suspeitos, todos em Porto Alegre.
Três pessoas foram presas em flagrante durante a ofensiva. Equipamentos utilizados na prática dos crimes, como HD, notebooks, celulares e dispositivos de armazenamento de arquivos digitais também foram recolhidos. Um dos presos é um técnico em eletrônica de 57 anos de idade. O segundo preso tem 37 anos e Ensino Superior incompleto e o terceiro tem 38 anos e é autônomo. Todos são solteiros, sem filhos e sem antecedentes policiais. Segundo a Delegada Sabrina, as investigações iniciaram há aproximadamente três meses.
Operação da Polícia Civil apura esquema de manipulação de resultados de partidas esportivas
A Polícia Civil do RS, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), deflagrou, na manhã de quarta-feira, 19, a Operação Bet, que apura esquema de manipulação de resultados de partidas esportivas em sites de apostas durante competições amadoras e profissionais do Campeonato Gaúcho.
Foram cumpridas 20 ordens judiciais, sendo 11 mandados de busca e apreensão e nove ordens de busca pessoal, nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa, Nova Prata e Pelotas, com apreensão de celulares, computadores e documentos. Houve, ainda, o fechamento de uma banca de apostas do jogo do bicho.
A ação, coordenada pelo delegado Gabriel Bicca, teve como objetivo obter elementos de prova contra grupo de empresários, investidores, integrantes de comissão técnica, dirigentes e ex-jogadores com suspeita de associação criminosa para manipulação dos resultados de partidas e para obtenção de vantagens econômica. Há suspeitas de envolvimento em competições em outros Estados.
Segundo a Polícia, a ofensiva contou com a atuação de 25 policiais civis em seis viaturas e teve apoio da Delegacia de Polícia de Nova Prata, Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Pelotas e do Núcleo de Operações Especiais (NOE) da Polícia Rodoviária Federal.
Viaturas da Polícia Civil em Guaíba
Na manhã de terça-feira, 18, muitas viaturas e um caminhão da Polícia Civil, na Avenida Castelo Branco, em Guaíba, chamaram a atenção da população, que buscou informação na Gazeta Centro-Sul.
De acordo com autoridade policial de Guaíba, não foi uma ação da DP local. A Gazeta apurou tratar-se de ação sigilosa, que estaria vinculada à incineração de drogas.
Foto: Divulgação
Publicado em 21/7/23