Na manhã do domingo, 23 de fevereiro, por volta das 11 horas, ocorreu um vazamento de dióxido de cloro na fábrica de celulose da CMPC, localizada na Zona Sul de Guaíba (foto). O episódio assustou os moradores do entorno devido ao forte cheiro. Segundo comunicado da empresa, ainda no domingo, o fato aconteceu durante uma atividade de limpeza.
Por meio de nota, a CMPC ressaltou que paralisou a operação da área e foi feito um comunicado imediato à Fepam sobre o ocorrido. O Corpo de Bombeiros foi acionado para combater a dispersão, controlando a situação, sem risco aos funcionários e à comunidade do entorno.
A CMPC disponibilizou o contato da Equipe de Relacionamento com Comunidades (51) 99880-0796.
O que diz a CMPC
Diversos leitores entraram em contato com a Redação da Gazeta Centro-Sul, questionando detalhes do vazamento, a respeito dos riscos à saúde e da probabilidade de voltar a acontecer.
A empresa respondeu às perguntas, salientando que o dióxido de cloro (que vazou), embora seja um produto químico, é diferente e menos tóxico do que o cloro líquido. Enfatizou que, devido a ação imediata das equipes internas e do Corpo de Bombeiros na contenção do vazamento, não foi detectado que a concentração da substância expelida tenha apresentado riscos à saúde, tanto dos colaboradores quanto da comunidade do entorno da fábrica.
Segundo a CMPC, sete pessoas que estavam próximas do local onde ocorreu o rompimento da tubulação foram atendidas e liberadas no mesmo dia. Ninguém ficou ferido nem houve desmaios na portaria, conforme informações divulgadas em redes sociais. Não foi necessário paralisar a operação da fábrica.
As causas do acidente estão sendo investigadas, mas já se sabe que aconteceu um rompimento na tubulação durante uma operação de limpeza.
A Fepam foi acionada e uma equipe esteve na unidade industrial, no domingo e na segunda-feira, fazendo vistorias no local. A CMPC está elaborando um relatório detalhado do que aconteceu para enviar ao órgão fiscalizador.
Ao ser questionada pela Gazeta sobre a probabilidade de ocorrer vazamento semelhante novamente, a companhia afirmou ser muito baixa, tendo em vista ter sido um “episódio raro”, enfatizando que existe um eficaz sistema de monitoramento e controle.
A CMPC concluiu ratificando seu compromisso com a segurança e o bem-estar das pessoas que trabalham na empresa e com a comunidade onde está inserida.
Publicado em 28/2/25