Fim de um ciclo, começo de outro. Assim caminha a humanidade.
Se 2023 não vai deixar saudades, é improvável que 2024 seja muito melhor.
Nostradamus, cujo nome verdadeiro era Michel de Nostredame, foi um astrólogo, médico e vidente francês, que viveu de 1503 a 1566 e, nesses 63 anos de vida, sua maior notoriedade foi ter escrito o livro “Les Prophetiés” ou “As Profecias”, uma coleção de 942 quadras poéticas supostamente prevendo eventos futuros. Acredita-se que, com base na astrologia, acertou – com alguma precisão – inúmeros deles. E, talvez por isso, seja lembrado até hoje. Mas errou dez ou cinquenta vezes mais; e disso pouca gente lembra. Seus defensores dizem que aquelas profecias que ele não acertou é porque a humanidade interpretou errado ou teve ‘problemas na tradução’. Isso, na verdade, pouco importa…
O fato é que para 2024 Nostradamus deixou algumas ‘cositas’ escritas no seu “Les Prophetiés”. Entre elas, mais uma guerra, mudança na monarquia britânica, desastres climáticos e até um novo papa. Sem querer duvidar do profeta francês, tudo é muito lógico nessas quatro teorias futuristas: no mundo em que vivemos, uma guerra por ano tem sido pouco. A monarquia britânica, com Charles e sua família, sem a mão de ferro da falecida rainha é quase uma obrigação. Desastres climáticos, qual ano não teve??? E por fim, uma pessoa com 87 anos num cargo como o do sucessor do apóstolo Pedro, cada dia é uma vitória…
Sobre a guerra está escrito: “um adversário vermelho (que pode ser o Inter) ficará pálido de medo, deixando o grande oceano (que não deve ser o Grêmio) em pavor”. Como interpretação, foi considerado como um conflito entre a China e Taiwan. As questões envolvendo mudanças climáticas que ele cita para 2024 serão intensificadas pois, de acordo com um trecho do livro “a terra ficará mais seca e posteriormente haverá grandes inundações quando a água for vista”. Mais confuso do que óbvio, né? E cita ainda uma nova ‘onda pestilenta’ que poderá levar boa parte do mundo à fome. Assim como as pesquisas eleitorais, dois pontos percentuais para mais ou para menos, dois anos a mais ou a menos, ele poderia estar se referindo à pandemia por Covid 19. Essa dá pra dizer que foi na trave, nem precisa do VAR…
Quanto à família real britânica Nostradamus deixou escrito há quase 500 anos atrás que vem mudanças por aí. De acordo com os versos, Charles será sucedido pelo filho mais novo, o príncipe Harry – mais conhecido por ser o pai da princesinha Charlotte, habitué das redes sociais. Uma passagem do livro pode ser entendida como referência à monarquia do Reino Unido: “Logo depois (de uma guerra desastrosa) um novo rei será ungido que, por um longo tempo, apaziguará a terra”, diz o texto. Até acredito na sucessão do Rei Charles III, mas o Harry apaziguar a terra…
Por fim, ainda segundo “Les Prophetiés” o papa Francisco deve encerrar o seu ciclo nessa dimensão terrena por conta dos seus problemas de saúde; sendo substituído por um romano de boa idade que se manterá por muito tempo no comando do Vaticano.
Para o Brasil, o livro de Nostradamus não diz nada. Mas eu digo: no esporte, o Inter não vai ganhar nada e não vai ser dessa vez que teremos um novo piloto brasileiro campeão na Fórmula-1. Na política e na economia, a corrupção, a impunidade e o desemprego aumentarão; o STF vai seguir dando as cartas com a conivência do governo federal; a Câmara e o Senado intensificarão a modalidade do toma-lá-dá-cá e as centrais sindicais, assim como o MST e algumas ONG’s ambientais vão renascer das cinzas tal qual uma fênix. Na cultura, os mesmos artistas de sempre – muitos deles Globais – serão beneficiados com projetos milionários apoiados pela Lei Ruanet.
Feliz ano velho, leitores.
Daniel Andriotti
Publicado em 29/12/23