Sonho Meu

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Neste mês de celebrar crianças e professores, a emancipação política de Guaíba e Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, um sonho volta para me abraçar. Feito aqueles estridentes despertadores que já não se usa, interrompe o silêncio para se fazer lembrado, insistindo na minha crença de que ainda pode se tornar realidade.

Eis que me vejo outra vez cantando no Orfeão do Ginásio Cônego Scherer, cena das mais emocionantes. Sob a batuta da Professora Lígia, uma mulher de pequeno porte que precisava subir em uma cadeira para reger nossas vozes adolescentes meio descoordenadas. Muitas vezes auxiliada pela Professora Laís, de maior estatura e com pulso mais forte. Encontros musicais que alegravam toda a escola, emoções positivas tatuadas em diversos corações juvenis, incluindo o meu.

Ah, como eu gostaria de ver as crianças da minha cidade participando de corais escolares, cantando e encantando suas famílias e a comunidade em geral, colocando notas de felicidade em suas próprias rotinas. Sonho meu que se fortalece ao recordar alfabetizadoras do Instituto Gomes Jardim que, nos finais de ano, saíam com seus pequenos estudantes, capinhas e gorros feitos de feltro vermelho, para que se apresentassem em lojas e estabelecimentos públicos. Na volta para a Escola, corações infantis na maior alegria pelos aplausos e os agradecimentos recebidos.

Que bom seria para todos nós se os festivais de música estudantil retornassem, os concursos de poesias e de crônicas, as apresentações de teatro e de dança, as aulas de artes, de pintura e artesanato. Porque é disso que o mundo está precisando, da retomada das boas emoções humanas, da troca afetiva simples e acessível.

Imagino, ainda, quadras esportivas com crianças e adolescentes jogando vôlei e futebol, professores orientando, torneios sendo organizados. Campinhos nas praças para a livre prática do futebol, paixão nacional que é diversão saudável, educa para a vida, democratiza e promove a disciplina e o respeito nas relações humanas. E que precisam de apoio, de iniciativa.

Neste outubro de celebrar crianças e professores, a emancipação política de Guaíba e Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, um sonho volta para me abraçar. Feito estridente despertador, invade minha quietude para não ser esquecido. Seu retorno tem o propósito de renovar minha esperança, de que ainda pode tocar corações responsáveis e se tornar realidade.

 

Cristina André

cristina.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 22/10/21.

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