Não aconteceram desfiles ou paradas cívicas neste 7 de setembro no Brasil. A data da Independência foi marcada por grandes manifestações populares pacíficas, em todo o País, em apoio ao Presidente Bolsonaro e contra o ativismo político do STF.
Há uma guerra explícita entre Bolsonaro e parcela importante da grande imprensa, o que gera uma onda de versões e pouca informação confiável.
Para ficar minimamente informado sobre o que realmente aconteceu no dia 7, foi preciso garimpar notícias em diferentes canais, observando imagens com olhos de perito. Não foi fácil. Estão confundindo notícia com opinião no Brasil. Informação isenta no contexto nacional está mais raro que excursão de viúvos.
Os Fatos
Diante de tudo o que vi, ouvi e apurei, registrei os fatos a seguir.
Multidões foram às ruas no dia 7 de setembro em manifestações de apoio ao Presidente Bolsonaro e contra o ativismo político do STF.
Nos seus discursos, Bolsonaro fez o que sempre faz: trocou os pés pelas mãos.
A grande mídia militante desprezou o impacto do povo nas ruas, valorizando os discursos sensacionalistas e populistas do presidente.
A Polícia Militar de São Paulo fez um cálculo para contar o número de pessoas na Avenida Paulista que humilhou a matemática. Foi embaraçoso comparar os números divulgados pela PM com as imagens da Avenida.
Os partidos de oposição ao Bolsonaro sentiram o impacto das massas nas ruas e correram para formular mais um pedido de impeachment.
As pessoas que defendem a ditadura militar com Bolsonaro no poder e a volta do AI 5, néscias fanáticas, mais uma vez marcaram presença. Triste, isso.
O STF abrir inquérito de ofício, investigar, condenar e mandar prender sem julgamento abre margem para a tese do ativismo político do Judiciário, que fundamentou as manifestações.
Caminhoneiros trancarem ruas e estradas é tiro no pé. Nada pode ser mais contra a população do que isso, principalmente neste momento em que todos tentam se reerguer de uma pandemia devastadora.
O fracasso das manifestações da esquerda no dia 7 de setembro foi constrangedor para a torcida colorada.
A Pergunta
Restou uma pergunta importante que precisa de resposta honesta e que não está na pauta histérica das versões. – O que levou tantas pessoas às ruas de forma ordeira, vestindo verde e amarelo, neste 7 de setembro?
Troca de Direção da Escola
Uma leitora escreveu para a Gazeta (pediu anonimato), questionando a troca da direção da Escola de Educação Infantil Waina Collor, no Bairro Jardim dos Lagos, em Guaíba. Segundo a leitora, não houve justificativa por parte da Prefeitura e a comunidade escolar estaria descontente.
Questionei o Governo sobre esta mudança e recebi uma resposta evasiva: um ato administrativo, considerando que, por ser uma escola nova, não há prazo legal para eleição da direção, conforme acontece na rede de ensino do Município.
Depois de apurar que não há ilegalidade no ato administrativo, tratando-se de escolha política provisória até abrir o prazo legal para eleição, fui adiante a fim de descobrir se houve prejuízos à comunidade escolar. Até o momento, de acordo com os pais de alunos da escola com quem conversei, o trabalho segue normal.
Estamos abertos aos pais que queiram se manifestar sobre esta questão, mas é importante ressaltar que não somos rede social, portanto, as manifestações devem estar embasadas em argumentos e assinadas.
Semana Farroupilha Virtual
Mas uma vez, a programação da Semana Farroupilha de Guaíba acontece de forma virtual devido à pandemia. É mais ou menos como chupar bala sem tirar o papel. Mas é a alternativa possível neste momento: a saúde em primeiro lugar.
Moção para destravar
O presidente da Câmara Municipal de Guaíba, vereador João Collares, com apoio de todos os vereadores, está encaminhando Moção de Apelo à Secretaria Especial de Cultura do Governo Federal para que seja homologado o processo Pronac 205254, liberando a criação do Instituto CMPC.
O Instituto tem um investimento inicial de R$ 9,6 milhões a serem aplicados nos anos de 2021 e 2022, mas o processo está trancado na Secretaria Especial de Cultura em Brasília.
Conforme já divulgamos na Gazeta Centro-Sul, a CMPC vai implantar o Centro Cultural FribaLab para atender estudantes da Rede Municipal de Ensino, no turno inverso da escola, com vários projetos culturais e esportivos, além de oferecer eventos à população.
No conjunto da obra, será construído um auditório com quinhentos lugares, ocupando a estrutura ao lado da Vila da Riocell, que já serviu de alojamento da empresa.
Leandro André
leandro.andre.gazeta@gmail.com
Publicado em 10/9/21
