A maioria das cidades brasileiras apresenta problemas estruturais que se manifestam em dificuldades na mobilidade urbana, com malha viária degradada; nos índices de poluição; no déficit de moradias; em ocupações irregulares; na falta de saneamento; e na oferta de serviços públicos precários. Este conjunto de dificuldades gera baixa qualidade de vida. A principal causa disso é a falta de planejamento.
Há muitos casos em que é preciso reorganizar os bairros, com regularização e urbanização, de acordo com a realidade, buscando garantir dignidade aos moradores.
Em Guaíba, faz cinco anos que ajustes no Plano Diretor do Município são aguardados; trata-se de uma ação prevista em lei. Para isso, é necessário um trabalho técnico e integrado com a sociedade, observando as características da Cidade, com olhar no futuro, buscando um desenvolvimento urbano sustentável, o que já deveria ter acontecido.
É imprescindível que os gestores públicos trabalhem com planejamento, buscando convívio harmônico e qualidade de vida à população. Não é mais possível administrar uma cidade resolvendo problemas pequenos diariamente sem trabalhar as questões estruturais.
Percorrendo os bairros de Guaíba, percebe-se problemas que se mantêm por décadas, como vias esburacadas, vazamentos de água, postes apodrecidos sustentados por escoras, iluminação pública precária. Em geral, as obras da cidade são mal-acabadas ou inconclusas. Exemplos estão por todos os lados. Destacando um: a revitalização da Orla no Balneário Alvorada, com recursos da CMPC como medida compensatória. A rua segue de chão batido e cheia de buracos.
Que os agentes públicos adotem uma nova agenda urbana, construindo estratégias que garantam crescimento sustentável nas cidades, observando a realidade do presente com olhos no futuro.
Publicado em 17/6/22