O município de Guaíba iniciou um processo de transformação urbana importante a partir da expansão da CMPC. A chegada de novos empreendimentos e a perspectiva de um significativo aumento da população requer planejamento técnico e participação social. Este é o entendimento que sustenta a revisão do Plano Diretor. No entanto, os ajustes se arrastam desde 2017, o que indica que o gestor público precisa priorizar o trabalho.
Em 2012, a Gazeta Centro-Sul deu ampla divulgação ao Plano de Infraestrutura Estratégica realizado em Guaíba, desenvolvido durante dois anos com a participação de professores e alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), de técnicos da Prefeitura, bem como de diversos representantes da sociedade local. Pela primeira vez na história do Município, foi realizado um estudo com embasamento técnico para tratar do desenvolvimento da Cidade, mas o mesmo tem sido desprezado na prática. Isso significa uma perda considerável, que precisa ser revertida.
O Plano Diretor é o conjunto de regras básicas da política de desenvolvimento de um município, visando orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na ocupação dos espaços urbano e rural, assegurando melhores condições de vida para a população.
No caso de Guaíba, as regras em vigor foram definidas por profissionais de fora da Cidade, sem qualquer envolvimento significativo da sociedade, o que acabou criando aberrações como, por exemplo, limitar a altura de prédios próximos à Rua 20 de Setembro, devido ao Cipreste Farroupilha, sem qualquer chance de interferência na paisagem histórica.
Essa semana, a Gazeta voltou a questionar o Governo Municipal sobre os ajustes no Plano e recebeu a informação de que a previsão de conclusão é para 2022.
Espera-se que a revisão do Plano Diretor, conforme vem sendo anunciado desde 2017, seja concluída, considerando questões técnicas e com a efetiva participação da sociedade, garantindo um desenvolvimento sustentável e harmônico em sintonia com a realidade local.
Publicado em 19/11/21.