Nesses tempos de crises econômica, política, moral e ética que o Brasil atravessa, percebe-se que, muitas vezes, significativa parcela da população confunde Pátria com governo. Essa confusão é um forte indicativo de que os problemas de base vão continuar por tempo indeterminado.
Em grandes eventos, principalmente em jogos de futebol, por exemplo, o desrespeito à Pátria tornou-se comum nos estádios; multidões gritam o nome do clube ou cantam saltitantes durante a execução do Hino Nacional Brasileiro. E se divertem com isso.
Em Guaíba, em um passado não muito distante, a Semana da Pátria era evento marcante. O Desfile de Sete de Setembro era grandioso, reunia comunidades escolares dos quatro cantos da Cidade e ainda recebia visitantes de municípios vizinhos. Bandas marciais davam verdadeiros shows na Avenida. Entretanto, infelizmente, nos últimos anos, os desfiles cívicos foram extintos.
É admirável que Guaíba promova as festividades farroupilhas em grande estilo, conforme acontecia antes da pandemia, mas, por outro lado, é constrangedor o desprezo à Pátria. E isso acontece praticamente em todo o País.
A Pátria é a grande casa de todos, é a terra natal onde vivemos; lugar para ser cuidado e respeitado por todos que nele nasceram e habitam.
O governo é o gestor público em um determinado período, que deve ser fiscalizado pelo povo e substituído caso não esteja cumprindo satisfatoriamente seu papel de cuidar bem da Pátria.
Quando desrespeitamos o nosso lar, a Nação onde vivemos, as consequências são muito negativas, porque nos tornamos vulneráveis, uma sociedade desorientada.
Um povo que preza pela liberdade e valoriza a dignidade respeita a sua Pátria e não a confunde com o governo da hora.
Publicado em 12/11/21.