Como não cozinho mais na primeira fervura, na minha juventude se chamava uma pessoa jovem de broto;
se fosse bonitinho ou bonitinha, era brotinho.
Circulando pela cidade e observando as bandeirolas dos candidatos nos canteiros e analisando os santinhos que
me espetam na barriga nas ruas, percebi que muitos estão bem diferentes nas fotos em relação à vida real devido ao tratamento das imagens no photoshop. Vários candidatos já bem rodados se transformaram em brotos nas propagandas eleitorais.
A Tia Alaíde me contou que, na tarde ensolarada de quarta-feira, foi abordada por uma senhora enquanto
caminhava na Rua São José. Vote na fulana, disse a mulher. A Tia Alaíde prontamente elogiou a atitude da
mãe fazendo campanha para a filha, só que, na verdade, era a própria candidata, um broto na propaganda.
Leandro André