Durante a campanha eleitoral, o teatro da manipulação se mistura com propostas na disputa pelo voto. Neste contexto, muitos militantes políticos vão às redes sociais para se manifestarem num torneio de interesses. Portanto, é preciso observar e compreender o que realmente move as manifestações, visando evitar manobras eleitoreiras e valorizar o voto.
A contradição se apresenta quando os debates políticos são ampliados. Temas fundamentais para a vida em sociedade são confundidos com acusações de toda a ordem.
Um tema relevante que precisa receber atenção especial é o da corrupção, considerando que os desvios de dinheiro público são responsáveis pelo desequilíbrio social, pela manutenção da pobreza e precariedade dos serviços públicos. No entanto, se observa, em segmentos da sociedade envolvidos com corruptos, uma tentativa de desvirtuar fatos confirmados, o que também é um ato de corrupção.
Os problemas sociais não são resolvidos com ideias moldadas em bastidores, por marqueteiros, a fim de agradar os eleitores, tampouco por meio da crítica ácida focada em derreter currículos. As questões coletivas somente alcançam resultados positivos quando tratadas com responsabilidade, em projetos viáveis e sustentáveis.
É comum em campanhas eleitorais acontecerem enxurradas de discursos para a torcida, com promessas falaciosas. Parlamentar deve questionar, reivindicar e fiscalizar o Executivo, mas não é sua atribuição disponibilizar mais médicos, pagar melhor os professores ou colocar mais policiais nas ruas. Se promete isso em campanha, está enganando o eleitor.
Há um conjunto de distorções na política partidária, mas também há pessoas bem-intencionadas, candidatos(as) ficha limpa, com significativos trabalhos prestados à sociedade. Então, é preciso encontrá-los e votar neles, pois esta é uma das mais eficazes maneiras de valorizar a democracia.
A sociedade precisa permanecer vigilante, não acreditar em almoço de graça nem buscar por salvador da pátria. É preciso lutar por ações sustentáveis, que não tapem um buraco abrindo outro. É fundamental valorizar o voto.
Publicado em 30/9/22