O Terceiro Turno

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Pelo que estamos observando, a eleição para presidente da República do Brasil segue depois de terminar. Isso mesmo.

Tem povo nas ruas vestindo verde e amarelo, protestando contra o resultado das urnas; suspeitas se multiplicam na internet; tem xerifão comandando tudo que se mexe; a censura cresce e poucos reclamam; tem explosão de memes no WhatsApp; a imprensa militante de esquerda substituiu o noticiário pela comemoração; a Fátima Bernardes dança a derrota do Bolsonaro, representando a isenção da Globo; inconformados com a vitória do PT se frustram com a auditoria capenga do Ministério da Defesa; o Hino Nacional e rezas acontecem de cinco em cinco minutos na frente dos quartéis; caminhões buzinando com a Bandeira do Brasil estão por todos os lados; o Geddel, homem das malas de dinheiro no ap, é sombra do Lula; a Janja sorri sem parar; o Bolsonaro tenta calçar as sandalhas da humildade, mas tá difícil; o Alckmin organiza a cena do crime; os filhos do Bolsonaro estão atordoados num redemoinho de fake news; no Nordeste, muitos estão só pela chuva de picanha; blogueiros estão ainda mais histéricos disputando likes; a Cássia Kis está botando pra quebrar; o Lula vai passear no Egito e ensinar ao mundo como conter as mudanças climáticas; a Tia Alaíde acampou uns dias na frente de um quartel na Rua da Praia; o Tio Gilvan tatuou o Lula na testa; massas de manobra se engalfinham nas vísceras do ódio; o balcão de negócios abriu os trabalhos no Congresso Nacional, distribuindo senhas para os fisiológicos que se amontoam para vender votos; a Marina Silva jura que não vai tirar a comida da mesa das crianças, como disseram lá atrás; e tudo indica que o terceiro turno vai longe nessa lambança à brasileira.

Eu, que nunca recebo nada de governos, sigo trabalhando bastante, porque tenho que pagar os boletos no final do mês.

 

Disputa na Aldeia entra na pauta

Enquanto isso, aqui na Aldeia, começam as conversas de bastidores sobre as eleições municipais daqui a dois anos. O Maranata deverá se candidatar à reeleição para tentar entregar tudo o que prometeu; a Claudinha Jardim deverá concorrer a prefeita e seguir o combinado, o que indica conflito logo adiante; e um grupo de empresários e profissionais liberais articula estratégia para convencer o Walter Lídio Nunes a concorrer para prefeito de Guaíba.

 

Turismo Religioso

Me perguntaram o que eu penso de turismo religioso. Respondi que é consequência, não causa. Ele acontece a partir de uma cultura religiosa consolidada; não sei como seria possível o contrário.

Voltarei ao tema em momento oportuno.

 

Pedágios na Volta

Uma comissão de lideranças de Guaíba e municípios da Região foram a Brasília para participar da audiência pública da ANTT, que trata da implantação de praças de pedágio. Até onde eu sei, levaram na bagagem uma posição generalizada contra os pedágios. Se for assim, vão apenas passear. Entendo que o foco tem de ser o NÃO ao pedágio na saída das pontes, sem possibilidade de desvio, e a reivindicação de um valor justo, como os aplicados nas praças de Santa Catarina.

 

Mercado Público

Por que um município que é a oitava economia do Rio Grande do Sul não consegue reformar o prédio do Mercado Público? Deixo a pergunta para as lideranças locais.

 

Curso de Celulose

Parece que está chegando a solução para a continuidade do Curso Técnico de Celulose e Papel, que há 40 anos é oferecido em Guaíba. As matrículas foram suspensas neste ano devido a necessidade de ajustes legais para o pagamento dos professores. Ver matéria nesta edição.

A CMPC alega falta de mão de obra especializada suficiente na Aldeia para suprir a demanda. Então, se já está difícil contratar pessoal local, sem o Curso Técnico, certamente ficaria pior.

 

Sobre o Arroio Passo Fundo

Essa semana, os vereadores revogaram, por maioria, o Dia Municipal do Arroio Passo Fundo, cuja foz na Zona Sul de Guaíba apresenta uma das poluições mais severas da Região. Já me manifestei várias vezes sobre a fantasia que envolve esse tema e a falta de ação prática para resolver o problema.

Já aprovaram projeto político para o Arroio; Dia do Arroio, que agora revogaram; rezam pelo Arroio, abraçam o Arroio e falam muito sobre o Arroio, com promessas de campanha que vêm de longe. Só não fazem o principal, que é executar projeto viável para despoluí-lo. Fora do circo político, segue o sofrimento dos moradores do entorno.

 

Leandro André

leandro.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 11/11/22

Comentários 1

  1. Gilnei Barbosa Hogem says:

    Considerando o preço em torno de R$ 15,00 reais que era o valor cobrado pela CONCEPA quando encerrou a concessão quem utiliza esse trajeto +/- 22 dias úteis no mês terá que pagar R$ 330,00 isto se for cobrado sentido único se for nos dois sentidos R$ 660,00 e quem necessita utilizar todos os dias 30 x R$15,00 = R$ 450,00 sentido único e nos dois sentidos R$ 900,00 reais mensais.

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