O povo gaúcho segue lutando para superar a maior catástrofe climática de todos os tempos. Cidades inteiras, como Eldorado do Sul, ficaram praticamente destruídas. Até a tarde de quinta-feira, 30 de maio, tinham sido confirmados 169 óbitos em decorrência da cheia e 44 pessoas seguiam desaparecidas. Milhares de famílias perderam suas casas ou tudo o que tinha dentro delas. Estradas foram rompidas pela força das águas, isolando diversas regiões do Estado.
No dia 5 de maio, o Lago Guaíba registrou a marca histórica de 5,35 metros acima do nível normal (Cais Mauá em Porto Alegre), superando a cheia de 1941, quando alcançou 4,75 metros.
A travessia fluvial entre Guaíba e Porto Alegre segue suspensa depois de um mês do início da cheia. O Centro Histórico de Porto Alegre ficou destruído. As estradas estão sendo recuperadas aos poucos, mas seguem os congestionamentos em pontos específicos, como no acesso a Porto Alegre
Em Guaíba, além das margens, o Loteamento do Engenho, na área central, e o Bairro Santa Rita foram totalmente alagados. Com o recuo das águas, as pessoas começaram a voltar para casa, realizando limpeza geral e colocando móveis estragados nas calçadas. O volume de entulhos é impressionante, fazendo com que equipes atuem sem trégua na limpeza das ruas. Os resíduos estão sendo descartados de forma provisória em área do Estado, chamada pela população de “Área da Ford”.
No início da tarde de quinta-feira, 30 de maio, o nível do Guaíba registrava 3,79m.
Publicado em 31/5/24
Foto: LA/Gazeta