Estava refletindo sobre a aproximação de Lula e Geraldo Alckmin para formar uma chapa a fim de disputarem a próxima eleição para a Presidência do Brasil. Não precisa voltar muito no tempo para ver e ouvir as agressões recíprocas. Eram adversários ferrenhos. Esta e outras coligações partidárias contraditórias me levam a ratificar o entendimento sobre a equação da política partidária. Os políticos dividem territórios no andar de cima e fingem brigar, enquanto sobra o sarilho de verdade para os abobados do térreo se enfrentarem com rajadas de desaforos. Se não fosse assim, já teriam resolvido o problema do abismo social.
Lula e Alckmin juntos. Lula, o honesto do STF, ensinando como salvar a Petrobras, e Alckmin, com sorriso de beato no rosto, vendendo enxoval de soluções.
Do outro lado, o messias da rachadinha cuspindo desaforos com a filharada a tiracolo, ameaçando chutar o balde dentro das quatro linhas.
Na terceira via, a vaidade pavoneando-se na elegância oca, meditando sobre o falecimento da bezerra.
Para o povo, sobra a briga de verdade, a lambança virtual, esganiçando desaforos e seguindo zanzando na infelicidade.
Detalhe Importante
Preciso ressaltar que não sou contra os políticos e a política, pelo contrário. É burrice generalizar. Entendo que, de acordo com as regras vigentes do jogo, tudo se decide por meio da política partidária. Acredito que existam políticos sérios, que trabalhem para melhorar a vida do povo, acredito mesmo, em que pese ser este um número pequeno. O que sou contra e faço questão de destacar é a manipulação que acontece neste jogo.
Leandro André