O que eu quero?

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Escolhi ver de novo um documentário antigo, chamado – Quem somos nós? (Escrevendo este título no YouTube você o acha dublado). Buscar inspiração e apoio para estes tempos de disputas de narrativas antagônicas e estressantes. É um documentário baseado nas descobertas e hipóteses da física quântica. Trata bastante de investigar o que é aquilo que chamamos de eu e de matéria. Vão procurar demonstrar que na matéria tem muito mais vazio do que densidade. Concluem isto baseados na estrutura do átomo e do espaço entre o seu núcleo e seus outros componentes. Tem muito mais área vazia. Para resumir, de certa forma, esta matéria rarefeita dos objetos ‘sólidos’ tem uma natureza parecida com o pensamento. E isto implica que o pensamento pode transformar a matéria e aquilo que chamamos realidade. Ativa um senso de auto responsabilidade pela nossa vida, pelo resultado do nosso pensamento.

O que chamamos de eu, na sua versão mais refinada, conforme o documentário, pertence a um manancial de informação unificado, uma consciência unificada. Começa uma aproximação da ciência com a religião. Perspectivas semelhantes para chegar na ideia daquilo que se convencionou chamar de Deus. Mas não um Deus separado.

O documentário explora bastante o papel das emoções como governantes das nossas escolhas, quando nos deixamos levar por condicionamentos e crenças coletivas. Oferece como solução para sair do labirinto das reações mecânicas e instintivas, uma certa dissociação das emoções para esta instância mais sutil do nosso ser, que chamam de o observador. Uma camada da mente não contaminada com os hábitos. E que não está em nenhuma parte do corpo; nem no cérebro. É parte desta grande consciência unificada, que se expressa no corpo. E a grande proposição deste eu mais sutil é gerar a capacidade de fazer melhores escolhas e produzir resultados mais saudáveis, para escolher um termo que supõe harmonia, saúde, liberdade, criatividade, respeito, comportamentos cooperativos, evolutivos… em direção a fusão com esta grande consciência que tudo abrange.

Esta questão essencial: O que eu quero? Considerando este eu mais abstrato, é fundamento para a construção do próprio futuro e bússola para as escolhas que mantenham esta direção de vida escolhida. A resposta mais comum é dizermos que queremos a felicidade. Termo também difícil de definir. Muitas vezes confundimos com apenas saciedade. E uma forma de investigar isto é seguir. Quando eu conquistar o que digo que quero, o que vem depois?

A insistência nesta reflexão de finalidade da vida muitas vezes vai ajudar a sair dos condicionamentos das emoções para um encontro com esta unidade essencial que tudo abrange, guiado pelo ‘observador’ interno. Como as águas que se dirigem e se unificam no oceano. Tenho convicção que a reflexão que este documentário traz faz muito sentido e nos ajuda a sermos mais autores do próprio destino, com mais equilíbrio e menos estresse; mais consciência. Escolha reservar um tempo para assistir e se inspirar com o documentário. Ótima semana a todos!

 

Joaquim Mello

joaquimpedromelloneto@gmail.com

Publicado em 20/9/24

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