Por Leandro André
Durante muitos anos foi chamado de rio, mas oficialmente é considerado um lago, devido a sua estrutura. Uma extensão de água com área de 547 quilômetros quadrados, cercada por terra e com retenção de 85% da água, que se movimenta em diferentes velocidades e sentidos. Essas características garantem a definição de Lago Guaíba, apesar de não ser unanimidade entre especialistas. O nome vem do tupi-guarani e a tradução mais aceita é “encontro das águas”, considerando que é formado pelos rios Jacuí, Gravataí, Sinos, Taquari e Caí.
O Lago tem uma extensão de 50 quilômetros, com largura oscilando entre um e dezenove quilômetros. A profundidade média é de três metros, mas no canal de navegação chega a seis metros, ligando os portos de Porto Alegre, Gravataí, Pelotas e Rio Grande.
A maioria da população da Região Metropolitana é abastecida com água do Guaíba, que é captada e tratada pelas companhias Dmae (na Capital) e Corsan.
Qualidade da Água
A qualidade da água está comprometida em diversos pontos do Lago, principalmente próximo a área central de Porto Alegre, com concentração extrema de poluição na foz do Arroio Dilúvio. Em Guaíba, o maior índice de contaminação está na foz do Arroio Passo Fundo. As principais causas da contaminação são o esgoto cloacal e os resíduos industriais. Os rios Gravataí e Sinos são os que mais contaminam a água.
Apesar da poluição, em alguns pontos próximos à Lagoa dos Patos a água apresenta condições próprias para o banho e a pesca. Cerca de 50 espécies de peixes são encontradas, sendo as mais comuns: pintado, linguado, cará, jundiá, cascudo, piava e lambari.
Transporte Hidroviário
Em outubro de 2011, o transporte hidroviário de passageiros entre Guaíba e Porto Alegre foi reativado, depois de mais de meio século. Catamarãs fazem a travessia de 15 quilômetros entre as áreas centrais das duas cidades. O percurso é feito em aproximadamente 22 minutos e a paisagem da viagem é deslumbrante. No meio do percurso, está a Ilha das Pedras Brancas, local que já serviu como depósito de pólvora e de presídio. Um projeto turístico aguarda para ser executado.
Foto: LA/Gazeta
Publicado em 15/7/22