Disputa eleitoral sempre foi dramática, dura e carregada de embates. No entanto, desde que acompanho
política partidária, há cerca de 47 anos (peguei um período de ditadura), nunca tinha presenciado uma campanha tão cínica como esta. No combo, uma explosão de santinhos do pau oco, hostilidades, mimimis e censura em nome de uma democracia relativa.
Assinam carta pela democracia, mas não se importam com intervenções ilegais em conversas de WhatsApp,
desde que seja do outro lado; condenam o orçamento secreto, mas fecham os olhos para o mensalão; ou
condenam o mensalão e fecham os olhos para o orçamento secreto; reivindicam direitos iguais entre homens e
mulheres, mas não praticam; apoiam ditaduras, mas têm medo de um possível golpe do “Velho da Havan”; pedem imprensa imparcial, desde que não critique seu(sua) candidato(a); exigem respeito pelo dinheiro público, mas apoiam corruptos carimbados; denunciam fake news de lá, mas compartilham as de cá, e vice-versa.
E proposta sustentável de desenvolvimento para o País, quase nada.
Leandro André