O 7 de Setembro

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Na quarta-feira, dia 7, comemoramos oficialmente o bicentenário da Independência do Brasil, uma data marcante que nos remete a reflexão obrigatória sobre esta trajetória de dois séculos. Ver Editorial.

Independentemente de ideologias ou do conceito que temos dos candidatos, não se pode negar que as multidões em atos nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo foram marcantes e deixaram recado importante.

Alguns excessos e faixas com mensagens fora da casinha perdem relevância se comparados com o número de pessoas nas ruas, se manifestando a favor do presidente, sem registros de vandalismo e agressões. As imagens são impactantes.

 

Reação da Oposição

Assisti os atos cívicos e políticos por meio de todos os canais de comunicação que fizeram a cobertura, TV e internet, bem como a repercussão e as análises.

Tenho consciência de que, dependendo do comentário que se faz neste temporal político, somos rotulados. Mas estou vacinado contra rótulos; faço as análises de acordo com o que vejo, escuto e leio.

A reação revela que a oposição a Bolsonaro e parcela significativa da imprensa militante sentiram a pancada, considerando o tamanho da massa nas ruas. Em muitos momentos, o cinismo navegou na lagoa do hilário.

 

“Imbrochável” e Narrativas

Mantendo a tradição, Bolsonaro carimbou sua grosseria da vez. Disseram para ele que sua candidatura estava fraca entre as mulheres, então ele disparou o “imbrochável”, acreditando que seria um sucesso entre a mulherada.

É claro que os opositores de Bolsonaro aproveitaram a expressão estúpida para replicar como ofensa pétrea.

A Globo divulgou a maior parte do tempo uma imagem do mar de Copacabana, com o povo aparecendo nos cantos da tela, enquanto destacava o imbrochável e algumas faixas de apedeutas pedindo intervenção militar.

A emissora continua repetindo, até agora, que o Bolsonaro aproveitou a presença do povo que foi assistir a Esquadrilha da Fumaça para fazer campanha eleitoral. A narrativa sugere que a população estava concentrada em Copacabana para ver os aviões e, já que estava lá, decidiu ovacionar o presidente. Perderam a mão.

O Lula gravou mensagem afirmando que nunca usou a máquina pública quando foi presidente. Disse isso com naturalidade.

O Ciro, do alto de uma montanha em Ouro Preto (MG), ressaltou que o Bolsonaro não teve postura. Sim, bateu na falta de postura como um especialista, além de chamar o Velho da Havan de pateta e bandido.

A Simone se ofendeu sobremaneira com a expressão machista e vulgar do presidente. Ressuscitou o discurso de que o Brasil é a vergonha do mundo.

A Soraia, que dormiu bolsonarista e acordou na oposição, também se ofendeu com o imbrochável.

O Senador Randolfe correu para o STF, pedindo punição máxima ao Bolsonaro por improbidade administrativa. Pode ser que consiga a proibição da divulgação das imagens do povo nas manifestações.

Resumo da bufa: para os opositores de Bolsonaro, a multidão que saiu às ruas para ver as piruetas da Esquadrilha da Fumaça acabou enganada pelo presidente que roubou a festa, e o “imbrochável” foi o destaque dos atos do 7 de Setembro.

Não gosto dos discursos do Bolsonaro, acho que na maioria das vezes são grosseiros e arrogantes, mas combater isso com mentiras e narrativas distorcidas, além de inútil, gera efeito contrário.

 

Sou Brasileiro

Tenho escrito reiteradas vezes, aqui na Coluna, que sou contra o fanatismo na política, tanto de direita quanto de esquerda. Não tenho político de estimação, porque aprendi que isso é um dos maiores erros que alguém pode cometer.

Sou brasileiro e faço a minha parte para termos um País mais justo e desenvolvido. Acredito que isso é possível se cada um fizer a sua parte.

Que a população brasileira tenha respeito pelo seu País, que cante o Hino Nacional, que respeite a Bandeira e os monumentos; que não cultive o complexo de vira-lata.

Que, ao invés de adorar políticos, a sociedade lute contra a corrupção, reivindique distribuição de renda e justiça social. Por incrível que pareça, em duzentos anos de independência, ainda não conseguimos chegar lá. Ficamos pelo caminho, brigando por ideologias fracassadas e divididos na mesquinharia.

Por interesses, parcela significativa de intelectuais e artistas brasileiros escondem a corrupção dos seus políticos embaixo do tapete, bajulam líderes europeus cujos países dependem da energia do inimigo; confundem Nação com governo quando lhes convêm e tratam o povo pobre como tese de mestrado, além de relativizarem a democracia.

 

Curso de Celulose

O Curso Técnico de Celulose e Papel deverá continuar na Aldeia por meio de uma parceria da CMPC com o Senai e o Governo do Estado.

No dia 23 de setembro, haverá uma reunião na qual a empresa deverá esclarecer à comunidade sobre o funcionamento do Curso.

 

A Prefeitura e o Esporte

Há um mês, questiono à Secretaria de Esportes de Guaíba sobre as ações da Pasta. O Secretário Rafael não responde as solicitações. Essa semana, soube que ele se desligou para atuar na campanha eleitoral. Acontece que ninguém avisou a Gazeta sobre a mudança de secretário. Apurei que Bruno Sperotto assumiu a Secretaria.

O descaso não é somente com a Gazeta, é com a comunidade, sem contar a triste revelação de como a gestão municipal trata de uma área tão importante, principalmente para os jovens. É de cair os butiás dos bolsos!

 

Pedro Tavares na Prefeitura

O psicólogo Pedro Tavares assumiu o cargo de assessor superior II na Prefeitura de Guaíba. Está lotado na Secretaria de Administração e Recursos Humanos.

 

 

Leandro André

leandro.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 09/9/22

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