Depois de ter seu benefício negado sem que seus laudos médicos fossem avaliados pela Perícia, Marlete Felix, 55 anos, decidiu se acorrentar na agência do INSS, no Centro de Guaíba (foto), a fim de chamar a atenção para o seu caso.
Moradora de Eldorado do Sul, com quatro filhos, contou à Gazeta Centro-Sul que, depois de muitas dores na coluna, conseguiu o auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2016. Após dois anos, teria direito a aposentadoria, mas, com a mudança na legislação seu benefício foi negado. Ela ressaltou que desde 2018 vem tentando provar que tem sérios problemas de saúde como depressão, fibromialgia, dores na coluna e nos joelhos, mas mesmo com laudos e exames médicos a Perícia tem negado o benefício. Segundo Marlete, os peritos sequer olham os laudos, afirmando que ela está apta a trabalhar.
Diante das recusas e considerando ter sido tratada de forma injusta, decidiu se acorrentar na frente do prédio a fim de chamar a atenção. Disse que se acorrentou às 5 horas da manhã de quinta-feira, 16 de março, e permanecia lá, às 14h45, sem se alimentar, quando foi entrevistada pela Gazeta Centro-Sul. Disse que estava cansada e com os pés inchados; o sol forte estava agravando a sua saúde. Com isso, informou que ficaria mais um pouco e voltaria para Eldorado do Sul, onde mora de favor, com familiares, devido as suas condições financeiras precárias, por estar sem condições de trabalhar e sem o benefício.
Seu caso foi divulgado para todo o Estado em Reportagem da TV Record, desencadeando uma série de queixas em relação ao atendimento prestado pelo INSS.
Até o fechamento desta edição, a Gazeta Centro-Sul não conseguiu contato com o INSS para obter informação sobre o caso de Marlete. A Agência de Guaíba já estava fechada quando a Gazeta chegou para fazer esta reportagem.
Foto: LA/Gazeta
Publicado em 17/3/23