O conceito básico de mudar é dar nova forma. Estamos vivendo uma transformação importante no mundo com a revolução digital. “O mundo está mudando rapidamente”, é o que se diz e se ouve intensamente. E é verdade. Os destaques desta metamorfose estão nos segmentos da comunicação e dos relacionamentos. Tudo muito rápido, muito ágil, muito dinâmico, mas, também, muito superficial. Portanto, é preciso equacionar esta relação.
Durante a pandemia, a tecnologia tem se mostrado eficaz, contribuindo com o trabalho e com a conexão entre as pessoas. Por outro lado, o distanciamento social revelou o quanto faz falta o contato presencial e a importância da empatia.
Grandes empresas de tecnologia mostram as maravilhas do mundo digital, os avanços, a agilidade e as facilidades. Por serem corporações gigantes, apresentam isso com esplendor. Tudo interagindo e responsivo ao simples toque, quase mágica, o que provoca encantamento e aguça o desejo de se inserir neste mundo vendido como maravilhoso e, supostamente, sem armadilhas.
É fundamental estar informado, mas bem-informado; estar conectado, mas com o que é honesto. Por mais que a tecnologia avance, facilitando e entregando agilidade, a essência da vida continuará sendo presencial. Mais importante do que estar conectado no mundo digital é estar sintonizado com a natureza e com os nossos semelhantes.
Mudar é importante e necessário, mas somente quando a nova forma agrega valores que fazem ascender. Este é o ponto que precisa ser analisado nesta revolução digital que estamos vivendo. O equilíbrio sempre foi o caminho mais produtivo para se alcançar resultados positivos, abrangendo a coletividade.
Mudanças fazem parte da vida, são necessárias ao desenvolvimento, mas é preciso compreender que nem todas são positivas. É preciso se manter vigilante sobre o que sustenta a nova forma que se apresenta. Cabe ressaltar: qualquer mudança somente fará sentido se estiver sintonizada com a natureza, promovendo resultados positivos para toda a sociedade, sem distinções.
Publicado em 9/7/21