Um médico emergencista foi preso por crime de feminicídio no final da tarde de terça-feira, 29 de outubro.
A investigação da Polícia Civil, conduzida pelo delegado Arthur Hermes Reguse, concluiu que o suspeito cometeu o crime contra sua esposa. O marido da vítima administrou a medicação Zolpidem em um sorvete consumido pela mulher, induzindo-a ao sono e, posteriormente, fez punções venosas, administrando medicamentos de uso restrito hospitalar que levaram ao óbito da esposa, desacordada, no interior da residência do casal em Canoas.
As perícias técnicas realizadas pelo IGP foram efetuadas e apontaram a presença de sangue da vítima em um acesso venoso e uma gaze apreendida no local, bem como comprovaram a presença no sangue das medicações administradas pelo médico para matar a mulher. O motivo do crime não foi divulgado.
Traficantes que invadiram casa errada são condenados por tentativa de homicídio
Quatro traficantes, acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, foram condenados pelo Tribunal do Júri de Camaquã, na madrugada do dia 25 de outubro. Em julho de 2017, os réus, junto com três adolescentes que já respondem medida socioeducativa, foram até Camaquã para executar criminosos rivais, no entanto, erraram o endereço e invadiram outra casa, atirando em uma jovem de 19 anos. A vítima foi atingida por um tiro de espingarda calibre 12 no rosto, mas sobreviveu. Ela, que estava com uma filha de quatro meses e que não ficou ferida, não tem envolvimento com a venda de drogas.
O mandante do crime recebeu uma pena de 28 anos, 11 meses e três dias de prisão. Um segundo réu foi condenado a 19 anos, nove meses e 10 dias de reclusão, e os outros dois, cada um, a 17 anos, dois meses e 20 dias de prisão. Apenas um deles respondia ao processo em liberdade, mas foi determinada a sua prisão imediata. Outros dois condenados também respondiam em liberdade em relação a este processo, porém, estavam detidos por outros crimes.
Os traficantes, que foram condenados por tentativa de homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, também foram responsabilizados pelos crimes conexos de roubo duplamente majorado, receptação, corrupção de menores e organização criminosa.
O caso já havia sido julgado em 2023, mas o júri foi anulado por decisão do Tribunal de Justiça. No júri de quase 20 horas, que começou na manhã do dia 24, e terminou na madrugada do dia 25, atuaram pelo Ministério Público os promotores de Justiça Fernando Mello Müller, da Comarca, e Francisco Saldanha Lauenstein, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri da Instituição.
“A vítima sobreviveu, mas carrega até hoje, no rosto e em diversas partes do corpo, os chumbos dos disparos que sofreu. Seu depoimento foi dramático, contando que, em virtude desse ato covarde, não enxerga bem de um olho, ficou com debilidade em uma das mãos e não pôde mais amamentar a filha que tinha só quatro meses de idade à época.
Durante todo o plenário, lutamos na defesa da vida da vítima e pelo respeito ao seu sofrimento. A sociedade de Camaquã afirmou que não tolera a maldade dos que escarnecem da vida humana e das vítimas da crueldade”, ressaltou o promotor Fernando Müller.
Cães da Polícia Penal são premiados em competição internacional
O governador Eduardo Leite recebeu, na segunda-feira, 28 de outubro, no Palácio Piratini, os cães Cassius e Mohoc, do Canil da 9ª Região Penitenciária da Polícia Penal, com seus operadores Anderson Cardoso e Hugo Gomes. Os animais foram premiados na 7ª Competição Sul-Americana de Cães de Trabalho, que ocorreu em Florianópolis entre 14 e 18 de outubro.
O binômio – termo dado à dupla formada pelo agente policial e seu cão – composto por Cardoso e Cassius obteve o terceiro lugar geral na competição. A dupla ainda levou o 1° lugar em Busca e Captura em Edificações e em Ataque Lançado, e o 3° lugar em Detecção de Narcóticos em Bagagens. A dupla Hugo e Mohoc obteve o 1º lugar em Busca e Captura em Área Aberta e em Busca e Captura Geral, e o 3º lugar em Seguimento de Rastro e Indicação de Evidências.
Foto: Divulgação/PC
Publicado em 1/11/24