Prefeito de Guaíba destaca reestruturação da administração, que resultou numa economia de R$ 500 mil
Em entrevista exclusiva à Gazeta Centro-Sul, o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata (PDT), abordou sobre as realizações nos seis primeiros meses de sua gestão e os planos para este ano.
Gazeta – Em seis meses, o que foi possível realizar?
Prefeito – A reestruturação do Governo, agrupando setores afins para agilizar os serviços públicos. Somente neste semestre, economizamos R$ 500 mil, comparando com o mesmo período do governo anterior, fazendo tudo o que precisava ser feito. Trouxemos os conselhos municipais para o mesmo lugar (ao lado do Gabinete do Prefeito).
Entre as obras e ações realizadas no semestre: calçamento da Rua Soledade; melhorias no Hospital; plantio de 400 mudas de Jerivá; colocação de sinaleira na Rua Santa Maria; reforma na quadra de areia (vôlei) no Parque da Juventude; licenciamento ambiental de todos os Ecopontos; alteração do Código Tributário, ampliando descontos do IPTU; Refis Municipal: isenção de juros e multas para dívida ativa até 31 de dezembro de 2020; contratação de software de gerenciamento do sistema de arrecadação; entrega da reforma da ESF São Jorge; força-tarefa para vacinação contra a Covid-19, gripe e febre amarela; troca da gestão do Hospital Regional; criação do Auxílio Emergencial Municipal; Campanha do Agasalho 2021; e Varal Solidário nos bairros Logradouro e Pedras Brancas.
Gazeta – O senhor prometeu implantar uma usina de asfalto própria em Guaíba. Como está este projeto?
Prefeito – Estamos finalizando o processo de licitação da compra da usina. Vamos financiar por meio do Finisa (programa de financiamento à infraestrutura). Iremos resolver o antigo problema das ruas da Cidade. A usina será localizada na Zona Sul, próximo à Vila Malessa. Já estamos trabalhando na liberação da área.
Gazeta – Quais os destaques positivos e negativos neste período?
Prefeito – De positivo, a mudança no sistema de gestão e as melhorias no Hospital. Vamos concluir a PPP com a CMPC para as reformas no Hospital.
De negativo, a sabotagem: passamos dois meses sem Internet e telefone (o caso está sob investigação policial). Muito ruim também a forma como recebemos o Hospital. Camas e todas as roupas de cama eram alugadas pela antiga empresa gestora, que levou quando saiu. Tivemos que comprar tudo.
Gazeta – Como o senhor classifica a relação do Município com a Corsan e a CEEE?
Prefeito – A Corsan deveria se envergonhar do serviço realizado em Guaíba. Vão ter de arrumar o que estragaram com as obras viárias.
Em relação à CEEE, foi comprada pela Equatorial. Estamos buscando trazer a sede da nova empresa para Guaíba.
Gazeta – Como serão investidos os cerca de R$ 9 milhões referentes ao ICMS da CEEE, anunciados para Guaíba (dinheiro extra orçamento)?
Prefeito – Tem uma pegadinha aí. Na venda da CEEE, a Companhia passou para os novos acionistas uma alegada dívida antiga do Município no valor de R$ 12 milhões, referente à iluminação de espaços públicos. Os compradores emitiram um boleto e nos cobraram. Como não pagamos, nos colocaram no Cadin do Estado (Cadastro de Inadimplente do Setor Público).
Por outro lado, o Município cobra da CEEE o valor de R$ 14 milhões, referente à taxa de iluminação pública que foi cobrada dos contribuintes e não repassada para o Município. Só que este valor temos que cobrar da CEEE, que foi vendida. Vamos brigar na Justiça por este dinheiro.
Independente disso, o dinheiro que recebermos, vamos aplicar na Educação (cerca de R$ 2,5 milhões por força de lei) e o restante vamos aplicar em infraestrutura para atrair empresas. A ideia é desapropriar áreas na margem da BR-116 (300 metros de profundidade a partir da rodovia) para concessão a empresas geradoras de empregos. Sem criar condomínio industrial, viabilizamos a liberação dos terrenos, com cartão numérico, conforme acontece em Eldorado do Sul.
Gazeta – Está prevista uma reforma no Governo (mudanças de secretários e diretores)?
Prefeito – Neste ano, não há previsão de mudanças, a menos que aconteça algum fato excepcional. Mudanças poderão acontecer em 2022, após uma avaliação completa do trabalho realizado no primeiro ano.
Mais informações na Coluna de Leandro André.
Foto: LA/Gazeta
Publicado em 9/7/21