Loteamentos e Condomínios

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A cidade de Guaíba está se expandindo. Vários loteamentos e condomínios já foram implantados e outros
tantos estão em fase de implantação.
Cabe à Prefeitura cobrar infraestrutura de acordo com a legislação, bem como exigir contrapartidas que
beneficiem a população. No entanto, pouco se sabe sobre as cobranças do poder público e sua efetiva fiscalização. O certo é que as falhas importantes estão se revelando, seja por meio de cachoeira de lama ou de alagamentos.
Por duas vezes o Colégio Augusto Meyer foi invadido por lama em decorrência da erosão de um
condomínio no alto do morro. A Prefeitura se limitou a dizer que a empresa responsável foi notificada e está
tomando as providências para sanar o problema. Então, vamos torcer para que a solução aconteça antes da
próxima chuva.
Isso de barro invadindo a rede de esgoto virou febre na Aldeia.
Essa semana, leitores acionaram a Gazeta Centro-Sul para questionar sobre um desmatamento na Florida para a
implantação de um loteamento. A Gazeta questionou a Secretaria de Meio Ambiente. O empreendimento foi
licenciado pela Prefeitura, devendo a empresa responsável fazer o plantio de 229 mudas de árvores, como
compensação ambiental, e a manutenção por quatro anos, de acordo com um “termo de compromisso” mais fraco que coice de grilo. Pelo visto, é a prática adotada.
Quando não se cuida de forma criteriosa da ocupação urbana, os resultados costumam ser inundações, erosão e
devastação ambiental a ser reparada num dia que nunca chega.
Estes dias, a Gazeta registrou uma obra na Rua São José, a principal da Cidade, com tapume invadindo o
passeio público, que ficou obstruído por um poste e um buraco profundo. Dias depois da publicação, o tapume foi retirado, mas a calçada segue o quadro da dor.
A Corsan cobra 70% do valor da conta de água para tratamento de esgoto em vários bairros da Cidade, mas
ninguém sabe como este serviço está sendo feito, tampouco como a Prefeitura tem fiscalizado isso.
Andando pela Cidade, percebemos postes tortos e podres, emaranhados de fios por todos os lados, calçadas
esburacadas e com desníveis, inclusive em áreas de grande movimento de pessoas.
E, assim, o desleixo e a feiura vão se incorporando no cenário urbano. Esse modelo de “Casa da Mãe-Joana” não
é originário deste governo, é cultural, vem se consolidando há muitos anos.
Já passou da hora de refletirmos sobre nosso processo de desenvolvimento, com profundidade, e criarmos
estratégias para mudarmos esta lógica preguiçosa.

 

Leandro André

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