A expressão é bacana e está cada vez mais em evidência: fake news. Notícias falsas, numa tradução literal. Pois então, elas tomaram conta das, por vezes cínicas, por vezes eficientes, mas quase sempre inúteis, mídias sociais. E isso ocorre porque vivemos num mundo cada vez mais conectado e globalizado. Trata-se de um mecanismo de desinformação – que pode ser impresso mas na maior parte das vezes, digital – para enganar ingênuos e desavisados. E no Brasil, onde para cada esperto existe pelo menos 716 mil otários – essa média é estatísica, não fui eu quem inventou – o momento nunca foi tão propício: polarização entre esquerda e direita.
Infelizmente – e talvez por ser tão jovem, afinal de contas temos ‘apenas’ 524 anos – o Brasil é um país de grande inocência popular. Logo, somos um campo fértil. Não é à toa que uma pesquisa da BBC, de Londres, realizada com 16 mil pessoas em 18 países revelou que o Brasil é o mais preocupado em conseguir separar as notícias falsas das verdadeiras, com 92% dos entrevistados apontando ter receio de ser enganado. A preocupação é tanta que 24 dos maiores veículos de comunicação do país aderiram a uma iniciativa inédita de unir esforços para combater notícias falsas, principalmente em períodos eleitorais. Claro que tem veículos que viraram ‘estatais’, esses não vale.
Boatos, não é novidade, multiplicam-se feito rastilhos de pólvora. E, sabemos bem: notícia ruim ‘bate’ direto no emocional humano. Aliás, o grande objetivo das fake news é esse: ‘plantar’ informações mentirosas para desviar potenciais polêmicas e evitar investigações sérias acerca de um determinado assunto ou personalidade. Num momento de ânimos acirrados, de um politicamente correto hipócrita e de intensa polarização ideológica, as pessoas estão cada vez mais em busca de argumentos que justifiquem suas posições. E é nessa hora que as fake news mostram o seu lado mais cruel. É por isso que o melhor caminho para ‘filtrá-las’ é a educação, a transparência e o exercício da checagem dos fatos. Muita atenção ao autor, à data, à fonte, ao conteúdo da notícia… Antes, isso era tarefa do bom jornalismo. Hoje, tudo mudou: é de quem consome.
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Roger Machado, multicampeão como lateral esquerdo do Grêmio, é o novo técnico do Internacional. Somente esse ano ele conseguiu eliminar o Inter de três competições: como adversário, tirou o colorado do Gauchão e da Copa do Brasil, treinando o Juventude (sempre ele!!!); e na última semana, foi hora de dar adeus à Sulamericana, dessa vez, do outro lado do balcão, comandando o time.
O título do Inter, em 2024, é lutar para se manter na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Nada mais nos resta…
Daniel Andriotti
Publicado em 26/7/24