Gratidão, Paciência, Tolerância

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Se há sentimento imprescindível, é a gratidão.

Aprendi, com a própria vida, que para ser feliz é necessário, antes de qualquer outra coisa, reconhecer as pessoas que nos fizeram o bem e sermos gratos a elas. Àqueles que nos prestaram solidariedade nos momentos em que corríamos risco de solidão ou de injustiça, toda a nossa consideração. Aos que nos disseram palavras importantes para a sobrevivência, o nosso afeto. Para outros que, sem terem o que dizer ou fazer, apenas se postaram ao lado, em silenciosa e compreensiva companhia, a nossa oração.

Saber ser grato, eis um dos segredos da felicidade. Para encher o próprio coração de esperança e, assim, seguir pela vida acreditando em seu milagre. Na mente, repetir o que foi recebido de bom, retribuir. E dizer, a cada um, a extraordinária importância que tem em nossas vidas.

Se há atitude sensata e eficaz, é a de ter paciência.

Tenho constatado, dia após dia, cada vez com maior consciência, que é fundamental saber esperar, porque é da Natureza. A semente cai no solo, vem a luz do Sol, a chuva, o vento, a noite, depois a luz do Sol outra vez, e a vida vai acontecendo assim, pouco a pouco, no seu ritmo.

Aprender a ter paciência, tentando compreender a existência como acontecimento da Natureza, eis o caminho a trilhar.

Àqueles que compartilham conosco estreita convivência e afeto, dediquemos mais da nossa compreensão, da nossa companhia sem pressa. Ouçamos sobre seus sonhos sem cobranças constantes, deixemos que cada um viva de acordo com seu próprio traçado.

Exercitar a paciência, este é, sem dúvida, um dos truques para ser feliz. Dar tempo ao próprio tempo, observando a vida, descobrindo suas verdadeiras riquezas.

Se há gesto necessário e verdadeiramente humano, é a tolerância.

Acredito, sem sombra de dúvidas, que sua negação, a intolerância, tem nos levado, raça dos humanos que somos, às desumanidades mais consistentes.

Difícil tem sido perceber que, diferenças à parte, somos todos iguais. Passageiros de uma mesma nau, precisamos nos respeitar, firmar boa parceria na viagem. Para que nossa embarcação enfrente todas as marés sem medo e sigamos navegando em paz.

Aceitar os outros como são, com suas grandiosidades ou limitações, seus jeitos-de-serem iguais aos nossos ou avessos, derrubar preconceitos, evitar julgamentos, para assim crescermos como seres humanos que precisamos ser.

Tolerância, esta é uma das palavras-chave para a reconquista da nossa própria humanidade interior, da calmaria para os corações. Aceitando e compreendendo a vida com sua extraordinária diversidade.

Se há sentimentos e gestos que se fazem mais do que necessários para as nossas vidas, estou certa de que são esses três: gratidão, paciência e tolerância.

 

Cristina André

cristina.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 28/1/22

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