Neste primeiro ano, a nova gestão municipal de Guaíba apresentou um plano moderno, focado na governança, com metas definidas e atenção aos mais pobres. No entanto, percebo que nem toda a equipe tem cacife para tocar este plano conforme anunciado. O prefeito Marcelo Maranata me disse que pagou a dívida política este ano, deu chances, mas reconhece que alguns não mostraram o rendimento desejado. Anunciou mudanças já em janeiro.
Em 2022, espera-se que a teoria comece a sair do papel. Menos drone e mais ruas pavimentadas adequadamente; mais iluminação pública sem gambiarra; ecopontos funcionando a pleno, dentro da proposta ecológica; ajustes no Plano Diretor; início da implantação do Parque Ecológico no Morro José Lutzenberger e do processo de despoluição do Arroio Passo Fundo; revitalização do Mercado Público; melhora significativa no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB); conclusão da reforma do Ginásio Coelhão; mais atenção ao Esporte, à Cultura e ao Turismo; apoio às empresas locais e à geração de empregos; obras públicas mais ágeis; fiscalização e sinalização adequadas.
A Entrevista
Na próxima edição, vamos apresentar uma entrevista exclusiva com o prefeito Marcelo Maranata, na qual ele fala sobre o que fez, o que não conseguiu fazer, e o que fará no próximo ano.
Câmara Municipal
A principal característica desta Coluna é criticar o que está ruim, cobrando melhorias, e destacar o que está bom. O pingo em cima do “i”.
Em relação à Câmara Municipal de Guaíba, se no final do ano a eleição da Mesa Diretora foi o quadro da dor, por outro lado, durante 2021, a Casa Legislativa foi parceira da comunidade: renunciou parte de seu orçamento para contribuir com projetos importantes, como o Auxílio Municipal Emergencial; com o Conectados pela Educação, do MP, que recebeu prêmio nacional por viabilizar acesso à Internet para centenas de estudantes; contribuiu com o sistema de captação de energia solar do Projari; viabilizou o Restaurante Popular; destinou recursos para comprar viaturas para Polícia Civil e BM, entre outros apoios importantes.
Num passado não muito distante, se gastava dinheiro público para vereadores passearem no Nordeste, fingindo fazerem cursos. Hoje, o foco é outro. Então, que siga neste rumo.
Vamos acompanhar para ver como será a gestão do vereador Marcos SJ (DEM) no comando da Casa. Torcendo para que não volte a onda do cabide de empregos.
40 Minutos por Dia
Apurei que na maioria das escolas públicas de Guaíba e Região as aulas remotas tiveram duração média de 40 minutos por dia. Isso, entre aqueles que tinham acesso à internet.
Se compararmos o conteúdo repassado aos estudantes da rede pública de ensino com o da maioria das escolas privadas, podemos afirmar que os alunos da rede pública perderam dois anos letivos nesta pandemia de Covid-19. Um prejuízo que levará muitos anos para ser recuperado.
A conta chegou
O Sindicato dos Professores Municipais de Guaíba (SPMG) colocou carro de som circulando pelas ruas com as falas de Maranata e Cláudia Jardim na campanha eleitoral, prometendo com ardor pagarem o Piso Nacional do Magistério. Se elegeram e a conta chegou.
Os servidores do Quadro Geral também estão pleiteando reajuste salarial. No início da gestão, abraçaram a causa, agora reivindicam valorização na conta bancária.
Enrascada para o Governo resolver em 2022, pós Lei Federal 173, que justificava o ferrolho da folha salarial.
Aspecto de Abandono
A Gazeta Centro-Sul constatou que o Distrito Industrial de Guaíba, localizado na BR-116, está em estado de abandono. Hora de dar atenção para aquela área.
Selo da Feiura
Outra tecla que segui batendo neste ano, buscando superação, é a questão do Selo da Feiura na Aldeia, que congrega obras mal-acabadas, gambiarras na rede elétrica, esculhambação nas obras da Corsan, calçadas e ruas esburacadas e desniveladas.
Usina de Asfalto
Muito se falou em usina de asfalto este ano. Teve até desfile pelas principais vias da Aldeia. A expectativa é que comece a operar no final de abril. Na torcida para que funcione.
Os que ajudam
Não poderia encerrar sem destacar a atitude de todas as pessoas que trabalham de forma voluntária para ajudar a reduzir os efeitos da pandemia na comunidade. Entre as instituições que fazem a diferença: Projari, Lar Irmã Esther, Vagalumes da Esperança, Banco de Alimentos, grupos de diversas igrejas e clubes de serviço. Gente que dedica seu tempo para ajudar a colocar comida na mesa de quem precisa. Geradores de esperança.
Destaque, também, para o pessoal que se dedica à causa animal.
Vamos em frente
Na próxima edição, vou comentar sobre a entrevista do Prefeito Maranata e o que esperar em 2022 com base no que aconteceu em 2021. Chegamos vivos até aqui e devemos agradecer. Vamos em frente.
Recomendo a leitura da Retrospectiva e do Editorial desta edição.
Feliz Ano Novo!
Leandro André
leandro.andre.gazeta@gmail.com
Publicado em 31/12/21.