Cresce de forma acelerada o número de golpes, principalmente no meio digital, onde os ataques de estelionatários se multiplicam. Entre as tantas armadilhas, destacam-se a do bilhete premiado, do sequestro-relâmpago de familiares, do pedido de empréstimo, do recolhimento do cartão do banco, do falso boleto, da confirmação de dados, e por aí vai. Percebe-se que a prática de estelionato encontra espaço, especialmente, entre as pessoas com baixa escolaridade, desatentas ou que se arriscam com oportunidades aparentemente vantajosas.
Toda ação ardilosa que resulta em prejuízo de alguém é um golpe. Esquemas oferecendo benefícios incomuns avançam nas plataformas digitais. O crescimento deste comportamento criminoso tem muito a ver com a falta de atenção e com a ânsia de se dar bem atalhando processos.
Golpistas costumam ser bem articulados na apresentação de suas propostas; eles estudam possíveis reações das vítimas em potencial e armam estratégias sedutoras, com respostas prontas. Na maioria dos casos, há uma vantagem fora de série, como se a sorte tivesse batido à porta. Portanto, para se prevenir de golpistas é preciso ficar vigilante, investigar o proponente e, principalmente, não cair na tentação do ganho fácil.
Você foi premiado com um carro, mas tem de depositar uma quantia para recebê-lo; comprou um veículo por R$ 30 mil, quando o preço de tabela é R$ 60 mil; adquiriu um terreno de barbada, pagando a metade do preço de mercado; conseguiu um emprego que irá lhe render um salário alto, mas tem de pagar uma taxa para ser contratado; trocou um cheque de R$ 5 mil por R$ 500,00 em dinheiro. Estes são alguns dos golpes mais aplicados na praça.
Existem trapaças mais complexas e difíceis de serem identificadas, num primeiro momento, considerando os requintes de simulação. No entanto, na maioria dos casos, a chance de sucesso do logro está relacionada à sedução da aparente vantagem. Este é o principal ponto de reflexão.
Publicado em 28/7/23