Feliz Natal!

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Um encantamento muito especial acontece em mim quando o Natal se anuncia na última folha do calendário. Por mais que pareça bobagem ou autossugestão, como explicam alguns especialistas em falta de emoção, é sensação recorrente que eu adoro. E não se trata apenas dos tempos de infância.

Durante muitos anos, 24 de dezembro foi um daqueles dias inesquecíveis de compartilhamento amoroso com minha Mãe. Por volta das treze horas, saía em direção à casa materna, levando na sacola bons espumantes para o encontro marcado com os panetones tradicionais que nós duas adorávamos. Era a merenda do nosso recreio entre uma preparação e outra, durante arrumações no balcão de pratos e talheres, guardanapos coloridos, taças e copos bem posicionados, pratinhos de sobremesa para o desfile de doces caseiros.

Ah, como me deixava feliz aquele aroma acentuado de laranja se espalhando pelo ar, vindo direto da massa do panetone ao ser fatiado, revelando-se esconderijo mais do que perfeito para as frutas cristalizadas. Era o momento ideal para conversarmos um pouco sobre o trabalho em curso, de abrirmos o bom espumante gelado – eu, a Mãe e a Daura, minha irmã adotiva, e brindarmos à vida.

Em cada Natal que se anuncia, reverencio essas duas mulheres maravilhosas que tanto me ensinaram sobre o lado bom da vida. Sobretudo, por me mostrarem como faz  bem ao coração e à alma preparar boa ceia natalina para as pessoas do nosso bem-querer; e como é grandiosa e compensadora a alegria de valorizar e sentir cada detalhe desse trabalho, manifestação de felicidade e agradecimento.

E assim, apesar das sentidas ausências de gente que sigo reverenciando, meu encantamento pelo Natal segue firme e forte; para sempre será motivo de alegria, eis a grandiosa lição deixada pela Mãe, com apoio incondicional da querida irmã adotiva Daura.

Às treze horas deste sábado, 24 de dezembro, aqui em casa, têm início os preparativos para a Noite Feliz que comemora o nascimento do Cristo. No recreio das preparações, vou saborear panetone com espumante em homenagem a quem me ensinou tão preciosa lição.

Mais tarde, casa arrumada e ceia preparada com dedicação, aguardando a Prima Ângela e suas filhas Carmen e Paula, a Tia Ilda e o Primo Sílvio, e a amiga Antônia, na companhia do meu marido Leandro, da filha Luana, do genro Mateus e da nossa querida neta Isabela, brindaremos à vida.

Feliz Natal!

Cristina André

cristina.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 23/12/22

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