Estou definindo meus votos

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Está chegando a hora de encarar a urna. No dia 2 de outubro, vou me dirigir ao Instituto de Estadual de Educação Gomes Jardim, onde se instala a minha sessão eleitoral. Teremos que votar cinco vezes, começando pelo cargo de deputado(a) federal, com quatro dígitos; depois deputado(a) estadual, com cinco dígitos; seguindo com o voto para senador(a), com três dígitos; governador, dois dígitos; e, finalmente, presidente da República, também com dois dígitos. Para cada voto concluído, depois de verificar a cara e o nome do(a) escolhido(a), aperto a tecla “confirmar”.

Serão cinco votos, por isso chamamos de eleições, no plural. Vou levar uma cola, na ordem certa de votação, para facilitar.

Destes cinco votos, já me decidi por dois: para presidente da República e governador. A chance de mudar é quase zero. Ainda estou em dúvida sobre em quem votar para a Assembleia Legislativa, para o Senado e para a Câmara dos Deputados. Estas são escolhas difíceis, porque sabemos que são estes cargos que, de fato, atuam no comando na Nação, considerando nosso sistema presidencialista, refém do Legislativo. E não adianta tapar o sol com a peneira; isso é fato.

Para o Senado, estou entre dois nomes, para deputado(a) federal entre três candidatos, e para deputado (a) estadual, entre dois.

 

Meus Critérios

Levo muito a sério o direito de votar, muito. Diante deste respeito pelo voto, criei critérios para decidir minhas escolhas. Entre os principais pré-requisitos: os candidatos(as) não podem ter envolvimento comprovado em casos de corrupção, pois esta é a causa do maior de todos os nossos problemas; devem ter qualificação para o cargo e apresentarem propostas viáveis, sustentáveis e condizentes com o cargo a que se candidataram. Por exemplo, se disputa vaga no legislativo e promete construir escolas para todos é riscado da minha lista, pois não cabe ao legislativo construir escolas ou creches, pode reivindicar, destinar emendas e tal, mas essa é uma atribuição do Executivo. Se mente antes de assumir, imagina depois.

 

Maria vai com as outras

Entendo que escolher o voto de acordo com pesquisas eleitorais, considerando quem está na frente, o chamado voto útil, é coisa de apedeuta. Na democracia, nada pode ser pior do que ser membro do bloco “Maria vai com as outras”, desperdiçando a chance de pesquisar e escolher quem irá nos representar politicamente por quatro anos, aqueles com quem temos mais afinidades, apostando na chance de melhorar a qualidade de vida de todos.

 

Difícil acesso, um erro corrigido

Na sessão da Câmara Municipal de Guaíba, na quarta-feira, 21, foi corrigido um erro grave na Aldeia. Os vereadores aprovaram o projeto de lei do Executivo que institui gratificação de difícil acesso para agentes educadores, merendeiras, monitores infantis e serventes de escola. Este benefício era concedido somente aos professores, como se as dificuldades não existissem para os outros trabalhadores da Educação.

A gratificação é concedida aos membros do magistério municipal que trabalham nas escolas distantes e que se encaixam nas características de difícil acesso, estabelecidas em lei, que foram replicadas neste projeto.

O movimento de luta por este benefício justo vem de longe e tomou corpo nas últimas semanas, com algumas lideranças à frente do processo, mas a conquista se deu pela união das categorias.

 

Participe do Censo

Nesta edição, a Gazeta traz uma reportagem sobre a realização do Censo em Guaíba (ver ao lado). Trata-se de um levantamento estatístico muito importante para o desenvolvimento de programas sociais mais eficazes, com base em dados reais.

Não se deve temer que os dados pessoais sejam vazados e utilizados para golpes. Entendo esta preocupação nestes tempos de golpes generalizados. No entanto, o sistema é seguro, os dados são sigilosos.

Na minha casa já respondemos o Censo. Cumprimos com o nosso dever e não doeu.

 

Abandono do Hospital Livramento

É muito triste ver o que está acontecendo com o prédio do antigo Hospital Livramento, no Centro de Guaíba. Vândalos tomaram conta da estrutura, conforme está registrado em reportagem nesta edição da Gazeta.

Há uma petição circulando na internet, pedindo ação das autoridades para pôr fim à negligência explícita. É preciso assiná-la e fortalecer o movimento.

Trata-se de um prédio histórico, construído pela comunidade, inaugurado em 1954. Lá nasceram milhares de guaibenses, muitas vidas foram salvas, muitos doentes foram atendidos. É muita indiferença permitir que a depredação continue.

Como não aparecem investidores dispostos a comprar o imóvel, devido às possíveis dificuldades de intervenção no prédio, por estar no entorno do Sítio Histórico, sugiro que se faça um amplo debate para a ocupação daquela estrutura tão relevante e bem localizada na Cidade.

 

Leandro André

leandro.andre.gazeta@gmail.com

Publicado em 23/9/22

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