No dia 10 de fevereiro, eu entrevistei o prefeito Marcelo Maranata. Abordamos diversos assuntos relacionados à gestão do Município e à política local. A entrevista está publicada nesta edição, conforme anunciei na semana passada.
Maranata está focado em seguir na política. Vai tentar a presidência da Famurs (eleição no dia 23 de março) e depois o comando da Confederação Nacional dos Municípios. No início da gestão, ele dizia ser contra a reeleição, mas agora mudou de opinião. Tipo governador Eduardo Leite.
Apontamentos Ultrapassados
Depois de dois anos no Governo, o Prefeito Maranata ainda teima em criticar a gestão anterior, uma ladainha ultrapassada. Deixei de fora a ladainha; estamos publicando o que interessa: ações realizadas e promessas de entregas para este ano, uma relação grande. Vai ter trabalho, o prefeito. Vou anexar esta entrevista no mural e conferir em dezembro.
Novas Empresas
Outro ponto que considero frágil está no combo de anúncios de novas empresas chegando em Guaíba. Tomara que venham muitas empresas, gerando renda e centenas de empregos, mas vamos abordar isso quando as coisas estiverem bem encaminhadas e as obras em andamento. A população cansou de anúncios fantasmas.
Salário dos Professores
Apesar de jovem, o Prefeito Maranata é político experiente, ele não entra em terrenos pantanosos; desconversa com habilidade. Então, uso estratégias para captar o que está por trás da resposta estudada.
O Maranata não assume publicamente, mas deixa escapar, com resmungos e expressões corporais, que no seu entendimento o magistério de Guaíba ganha bem, acima do Piso Nacional do Magistério, e que o Plano de Carreira tem de ser ajustado para não quebrar o Município. Ele quer mexer no Plano de Carreira, mas não assume publicamente. Este projeto está guardado no cofre. O prefeito foi questionado sobre isso na entrevista, mas confira o que ele respondeu. “Neste momento…”
O magistério está vigilante, atento. Na menor tentativa de mexer no Plano de Carreira, a sirene soa.
Em relação ao reajuste, até o fechamento desta edição, a proposta do Governo não havia sido divulgada. Frisson nos bastidores.
Megaprojeto da Orla
O prefeito me disse que irá apresentar um megaprojeto para toda a Orla de Guaíba. Pelo que percebi, trata-se de uma obra futurista para humilhar Gramado.
Eu prefiro projetos viáveis, aproveitando as belezas naturais da Aldeia, conforme fizemos em 1993, quando implantamos o Parque Natural, conhecido como Área Verde. Não me considero mambira, apenas discordo de projetos alienígenas. Fica ruim falar em megaprojeto na Orla quando não se consegue cercar o Coelhão e revitalizar aquele parque relevante da Cidade. Não faz sentido pra mim falar em megaprojeto quando os semáforos da Aldeia não funcionam há um ano.
Importante ressaltar que, antes de tudo, temos que ajustar o Plano Diretor da Cidade, uma ação que se arrasta há anos.
Uniformes Escolares
Eu ratifico meu aplauso à implantação de uniformes nas escolas da rede pública de ensino municipal. Baita iniciativa, que termina com a segregação pelo vestuário, além de ajudar bastante a economia familiar. Para essa, eu tiro a minha boina.
Algumas Voltas
O Prefeito Maranata destacou seus feitos relevantes e se comprometeu bastante com entregas em 2023. No entanto, em algumas perguntas, deu voltas e não respondeu completamente o que foi perguntado.
Oposição se agita
Com a mudança de discurso do Maranata, admitindo tentar a reeleição, a turma da oposição se agita na Aldeia. Conversas de bastidores procuram uma chapa forte. Sim, faltam dois anos para as eleições municipais, mas passa voando. Estratégia política não se constrói na véspera. Em março, a Tia Alaíde retorna motivada. Forte, essa!
A Realidade do Logradouro
Depois de um bom tempo, voltei ao Bairro Logradouro, no Interior de Guaíba, para fazer a reportagem que apresentamos nesta edição. A distância judia da comunidade.
A caixa d’água de 15 mil litros, que serve para abastecer a maior parte da população do Bairro, fazia três anos que não era limpa. Com isso, a sujeira entupiu o sistema. O resultado desta negligência deixou a comunidade quatro dias sem água neste calorão infernal; quatro dias sem água! Depois deste drama cruel, finalmente uma equipe da Prefeitura limpou o reservatório e desentupiu o sistema. Agora vem o pior: segundo moradores com quem conversei, não fecharam uma abertura em cima da caixa d’água, o que compromete a qualidade da água, além de deixar o sistema vulnerável para entupir novamente. Por favor, secretário Ivan Barcellos, manda concluir o serviço.
Um ponto positivo no Bairro é a Escola Santa Catarina. Recomendo a leitura da reportagem.
Leandro André
leandro.andre.gazeta@gmail.com
Publicado em 24/2/23