Foi sancionada a Lei que proíbe celular nas escolas do Brasil. Acredito que, se esta Lei “pegar” (sim, é ridículo, mas no Brasil para uma lei ser cumprida tem que “pegar”), vai ser um avanço após tanto retrocesso no sistema de Educação do País.
Os índices brasileiros mostram que a Educação segue à bancarrota. O motivo está num combo de ações desastradas, que começam nos baixos salários dos professores e terminam em invencionices de apedeutas, agravadas por um tanto de fraqueza e irresponsabilidade das autoridades.
Inventaram que decorar a tabuada é uma barbaridade; proibiram a reprovação de alunos que não sabem ler nem escrever; tiraram a autoridade dos professores em sala de aula; muitos professores se tornaram militantes políticos; e, por pouco, não criaram uma linguagem neutra, numa alucinação que tenta combater a falta de respeito com imbecilidade.
Lecionei por mais de 20 anos. Fui professor de Inglês no Curso Know-How, no qual era diretor. Fui professor de muita gente em Guaíba e Barra do Ribeiro. Hoje, muitos são profissionais de sucesso, alguns com carreira no Exterior.
Eu brincava em sala de aula, usava o bom-humor e tal, mas quando eu falava que havia terminado a brincadeira, a partir dali o foco era total no conteúdo, todos os alunos respeitavam. Quando algum estudante não respeitava, prejudicando o grupo, eu chamava os pais e devolvia o dinheiro da matrícula, alertando que estavam colocando seu dinheiro fora. Hoje, acredito que eu seria um professor cancelado, pisoteado e amaldiçoado por um comando de histéricos.
Podem me chamar de atrasado, mas, na verdade, atrasados são aqueles que defendem as mudanças que estão levando a Educação para o nível mais baixo da história.
Torço muito para que esta Lei, proibindo o celular na escola, possa ser o primeiro de muitos passos a serem dados para o resgate da velha Educação, quando a burrice era uma exceção e não a regra.
Adjunto Polêmico
De repente, comecei a receber mensagens com críticas a respeito da nomeação do primeiro suplente de vereador do PL, Ricardo Jardim, que é filho da vice-prefeita Cláudia Jardim. Ele assumiu como secretário Adjunto da secretária Magda Ramos, da SME. Um jovem com Ensino Médio em cargo de chefia de uma classe com graduação superior e pós-graduação é o foco das críticas.
Apurei que se trata de nomeação temporária até a indicação do novo quadro de secretários, que deverá acontecer após o projeto de reforma administrativa do Executivo Municipal passar na Câmara de Vereadores (sessão extraordinária prevista para o dia 27 de janeiro).
Apurei, também, que os três suplentes mais votados do PL assumiram cargos nas atuais secretarias que estão com o PL na Prefeitura. No caso da SME, o mandato “tampão” também pode ser interpretado como “queimação”.
Vila São Francisco
Estive na Vila São Francisco para fazer a matéria que a Gazeta está publicando nesta edição (confira). Conheci a realidade daquela comunidade antes da pavimentação asfáltica das 17 ruas. Registrei algumas vezes o caos na Gazeta.
Claro que é preciso considerar o traçado estreito das vias e o acabamento meia-boca, sem meio-fio. Quem mora em Guaíba sabe que obras mal-acabadas fazem parte do DNA da Aldeia. Mas, no resumo da bufa, houve importante evolução.
Juventude Rural
Relevante o programa implantado pela cooperativa Sicredi numa fazenda em Barra do Ribeiro (ver matéria nesta edição). Além da proposta de modelo para pequenas propriedades rurais, percebi importante incentivo à permanência dos jovens no campo.
Sobre o Monitoramento do Pix
O Governo Federal recuou em relação à fiscalização do Pix, alegando carga pesada de notícias falsas na Internet contra o chamado monitoramento dos pagamentos via Pix e cartões, gerando intensa insatisfação popular. Eu entendo que o maior motivo das críticas não seja a desinformação, mas a falta de confiança no Governo. Quando falta confiança não há Sidônio que dê jeito.
Leandro André
Publicado em 17/1/25