Os brasileiros vivem sob constantes crises generalizadas, abrangendo política partidária, economia, segurança pública, atendimento de saúde, sistema educacional e instituições em geral. A realidade é dura, e a saída deste quadro negativo passa pela participação da sociedade.
Os preços dos alimentos estão muito caros, considerando a renda dos brasileiros; o perigo com a falta de segurança não mais se limita às ruas, está presente no universo digital; os resultados negativos da Educação não mais se restringem ao repasse de recursos, também vêm de casa. A corrupção não é uma invenção da classe política, mas consequência da maneira como os políticos são eleitos e fiscalizados.
No Brasil, assistimos diariamente manifestações públicas exigindo direitos, mas há um silêncio assustador em relação aos deveres. O respeito está sufocado pela intolerância e pela impunidade. O emprego está escasso, porque falta mão de obra qualificada; a economia patina nos juros abusivos do sistema financeiro. Os direitos humanos estão contaminados por influências ideológicas. Na política partidária, grupos de esquerda e de direita lutam por poder e não por um plano de desenvolvimento econômico e social sustentável. Na área da Saúde, os repasses são bilionários, mas a ineficiente fiscalização e a má gestão acumulam macas em corredores de hospitais e matam à míngua.
Na falta de perspectivas e de limites, os jovens buscam saídas e encontram exploradores interesseiros, que os conduzem à alienação maquiada de lutas por causas maiores.
Os resultados desse conjunto de distorções que oprime o povo brasileiro estão em todos os lugares, em todos os momentos. A realidade é dura, e a saída deste quadro negativo passa pela participação efetiva da sociedade nas questões de interesse da população. O primeiro passo em direção à mudança de verdade é questionar as causas dos erros, compreendendo que tudo está relacionado às escolhas que fazemos e à autenticidade de nossas lutas.
Publicado em 03/12/21.