Por trás do clichê “a união faz a força”, existe uma verdade incontestável. A vida em comunidade requer ações que levem em consideração o bem-estar coletivo. Isso implica em planejamento, integração entre poder público e sociedade, bem como respeito às leis e ao próximo.
Em geral, queixas, críticas e reclamações dos serviços públicos são constantes, sinalizando que falhas na gestão precisam ser corrigidas. Entretanto, a solução dos problemas coletivos passa pela participação efetiva da sociedade.
O sentimento de pertencimento é o primeiro passo para começar o trabalho de desenvolvimento sustentável de uma comunidade.
No final dos anos de 1980, era comum nas conversas em Guaíba a conclusão negativa de que “aqui nada dá certo”. Isso era dito com facilidade. Afirmar que as coisas não dão certo no município onde se vive implica em assumir a própria incompetência, tendo em vista que uma cidade é, na realidade, o conjunto de pessoas que vivem nela.
Em 1991, cansados do clichê negativo, um grupo de pessoas que discordava deste preconceito decidiu criar o seminário denominado Repensando Guaíba. O evento aconteceu em três dias consecutivos, no Clube Itapuí, com debates sobre os temas locais. O objetivo foi o de inverter o simplório pensamento derrotista.
Questões culturais não mudam com um seminário ou por meio de um movimento com apelo consistente, mas podem começar a mudar, e foi o que aconteceu. O conceito de que “aqui nada dá certo” não terminou, mas enfraqueceu consideravelmente, o que só contribuiu com o Município, pois nada pode ser pior do que perder antes de começar o jogo.
É imprescindível uma sociedade unida para reivindicar melhorias dos serviços e fiscalizar o trabalho dos agentes públicos.
Publicado em 13/12/24