No dia 27 de janeiro, na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra Guaíba), ocorreu a cerimônia de passagem do Comando Regional de Polícia Ostensiva Centro-Sul da Brigada Militar (CRPO Centro-Sul). A sede está localizada em Guaíba, na Rua Serafim Silva, Centro da Cidade. O Comando tem abrangência regional.
O coronel Maurício Campos Padilha realizou a transmissão do cargo ao coronel Paulo César Balardin em cerimônia concorrida.
Prestigiaram a solenidade, o chefe do Estado-Maior da Brigada Militar, coronel Rogério Stumpf Pereira Júnior, que presidiu o ato; o diretor do Fórum de Guaíba, Francisco Luis Morsch; a diretora das Promotorias de Justiça de Guaíba, Ana Luiza Leal; a prefeita de Minas do Leão, Silvia Maria Lasek; o prefeito de Barão do Triunfo, Elomar Kologeski; o prefeito em exercício de Mariana Pimentel, Carlos Roberto Golanski; o procurador do município de Guaíba, André Luis Moura, representando o prefeito; o capitão dos Portos da Capitania Fluvial de Porto Alegre, capitão de Mar e Guerra, Átrio de Oliveira Cruz; coronéis comandantes de CRPOs e diretor do Departamento Administrativo da BM, corregedor-geral da BM, além de tenentes-coronéis comandantes de Batalhões de diversas localidades, representantes da Polícia Rodoviária Federal da Região, da Polícia Civil de Guaíba, da Ordem dos Advogados do Brasil; o presidente do Sicredimil, tenente-coronel da Reserva Luiz Antônio Fouchi de Leon. Também se fizeram presentes os ex-chefes do Estado-Maior da BM, coronéis da Reserva Ataíde Moraes Rodrigues e Cristine Rasbold, bem como familiares e amigos do Coronel Balardin e do Coronel Padilha.
Na foto, ao centro, o chefe do Estado-Maior da Brigada Militar, coronel Rogério Stumpf Pereira Júnior; à esquerda, o Coronel Balardin, que assumiu o CRPO-CS; e, na direita, o Coronel Padilha.
Desarticulada organização criminosa do tráfico de drogas e do contrabando de cigarros no RS
Na manhã de quarta-feira, 2, a Polícia Civil do RS deflagrou a Operação Fim da Linha, com objetivo de combater as ações de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, comércio ilegal de armas de fogo e contrabando de cigarros.
Foram cumpridos 35 mandados de prisão preventiva e 73 mandados de busca e apreensão nas cidades de Passo Fundo, Panambi, Ijuí, Vacaria, Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha, Alvorada, Soledade e Pelotas; além do bloqueio de 62 contas bancárias e a prisão de 25 pessoas, sendo 21 preventivamente e quatro em flagrante por tráfico de drogas. Restaram apreendidos aproximadamente R$ 25 mil, seis armas de fogo, duzentas munições, cigarros, drogas, veículos, celulares e balanças de precisão.
As investigações tiveram início no mês de abril de 2021, a partir de informações que apontavam que indivíduos, já conhecidos da Polícia no meio criminal de Passo Fundo, haviam sido “batizados por facção criminosa” oriunda da Região Metropolitana de Porto Alegre, estabelecendo intensa relação comercial e territorial de crimes no Estado.
No período das investigações, foi apreendida pela Draco uma carga de cerca de 328.800 cigarros contrabandeados, avaliada em R$ 50 mi. Segundo a Polícia, a venda de cigarros possui lucratividade muito atraente em comparação às drogas e, em contrapartida, menor punibilidade, levando esta prática a ser adotada como meio de fomento financeiro das organizações criminosas.
A Organização Criminosa
De acordo com a Polícia Civil, o alto escalão da organização criminosa coordena as operações ilegais do interior de estabelecimentos penitenciários do RS.
As lideranças, tanto as encarceradas quanto as de atuação em liberdade, deliberam sobre retaliações a ações policiais ou acertos de contas com “facções” concorrentes, o que eleva sobremaneira a escalada da violência, já que chacinas e execuções são comuns nesse meio criminoso.
Demais membros da organização criminosa hierarquicamente abaixo das lideranças são distribuídos em funções como distribuidores, gerentes, vendedores, coletores de dinheiros, contadores e outras funções operacionais.
O líder da organização criminosa na célula de Passo Fundo possui antecedentes por tráfico de drogas (local) em duas ocasiões e uma por tráfico internacional de drogas. Em dois anos, seu crescimento patrimonial, mesmo em prisão domiciliar, cresceu exponencialmente. Além disso, segundo a Polícia, ele vinha transformando o dinheiro ilícito em negócios aparentemente lícitos, como restaurantes, lanchonetes, imóveis, quadra de futebol society, em uma clássica operação de lavagem de dinheiro. Porém, com o detalhe de que a maiorias dos imóveis de sua propriedade sequer possuem matrículas e/ou escrituras públicas, já que foram erigidos em área invadida da Rede Ferroviária Federal (RFFSA).
Segundo as investigações, um dos métodos de crescimento territorial da organização criminosa é “tomar cidades” e eliminar a concorrência, captando os traficantes locais para integrarem a organização criminosa, ou, no caso de resistência, eliminando-os e colocando membros da facção para assumir os pontos de vendas de drogas.
Para exemplificar a magnitude dos negócios ilícitos da facção, a Polícia citou o exemplo da cocaína peruana, chamada comumente de “peixe”, que é muito valorizada por sua pureza e qualidade. É adquirida em forma de “pedra prensada” pelos traficantes por cerca de R$ 50 mil o quilo e as remessas semanais giravam entre 15kg e 20kg por semana. Somando-se a isso, a venda da cocaína mais “simples”, popularmente conhecida por “pó comercial”, cujo preço varia entre R$ 30 mil e R$ 35 mil o quilo, além das vendas de dezenas de quilos de maconha, haxixe e crack, outras centenas de cartelas e milhares de unidades semanais de drogas sintéticas e centenas de litros de loló.
A Polícia Civil apurou que a movimentação mensal do tráfico gerenciado por um dos detentos no Presídio de Passo Fundo girava em torno de R$ 400 mil; além de contatos com criminosos em liberdade envolvidos em diversos crimes como furto a estabelecimento bancário, roubo a residência, roubo de veículo e homicídio.
A organização também possuía uma banca de jogo do bicho que coordenava de dentro da cadeia.
A Operação, que contou com apoio aéreo do helicóptero da Polícia Civil, teve participação da Brigada Militar, da Polícia Rodoviária Federal, da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), e das delegacias de Polícia Regionais do Interior (DPRIs) de Passo Fundo, Palmeira das Missões, Carazinho, Ijuí, Vacaria, São Leopoldo, Gravataí, Soledade e Pelotas, totalizando aproximadamente 320 agentes de segurança, sendo 280 policiais civis.
Brigada Militar de Eldorado apreende um quilo e meio de drogas
Na segunda-feira, 31 de janeiro, a Brigada Militar de Eldorado do Sul prendeu um homem por tráfico de drogas no Bairro Delta do Jacuí. Com ele, foram apreendidas mais de 2,3 mil pedras de crack e 477 pinos de cocaína, totalizando mais de um quilo e meio de drogas, além de R$12.665 em dinheiro.
O indivíduo foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia de Polícia.
Foto: Divulgação/BM
Publicado em 4/2/22