A população do Rio Grande do Sul está passando por momentos muito difíceis em consequência da maior catástrofe climática de todos os tempos.
Chuvas intensas começaram a provocar cheias no dia 29 de abril de 2024 e seguiram nas duas semanas de maio. Rios, arroios e açudes transbordaram, ocasionando alagamentos que destruíram regiões ribeirinhas e até cidades inteiras, como Eldorado do Sul. Dezenas de pessoas morreram e outras estão desaparecidas (os dados oficiais ainda não foram fechados), milhares de famílias perderam suas casas ou tudo o que tinha dentro. Estradas foram rompidas pela força das águas, isolando diversas regiões do Estado.
O Rio Jacuí transbordou, no dia 4 de maio, inundando totalmente o Bairro Santa Rita, em Guaíba (foto), a partir da BR-116, surpreendendo os moradores que perderam seus móveis e equipamentos. O resgate de pessoas e animais foi dramático e contou com apoio de voluntários em barcos e motos aquáticas.
No domingo, 5 de maio, o Lago Guaíba registrou a marca histórica de 5,35 metros acima do nível normal (Cais Mauá em Porto Alegre), superando a cheia de 1941, quando alcançou 4,75 metros.
A travessia fluvial entre Guaíba e Porto Alegre foi suspensa, devido a inundação nas estações hidroviárias nas duas cidades. Houve bloquei na BR-290, em Eldorado do Sul (elevada danificada), isolando a Metade Sul do Estado por cerca de dez dias.
As aulas que haviam sido suspensas no início deste mês estão reiniciando aos poucos nas instituições localizadas em áreas já secas e limpas. Diversas escolas continuam sendo higienizadas. Muitas delas serviram e ainda servem de abrigos emergências para as pessoas desalojadas.
No início da tarde de quinta-feira, 23 de maio, o nível do Guaíba registrava 3,92m.
Publicado em 24/5/24
Foto: LA/Gazeta